>Supressão das descidas nunca foi equacionada
A supressão das descidas na I Liga como forma de a alargar para 18 clubes é algo que nunca foi equacionado, garantiu ontem Mário Figueiredo, presidente da Liga de Clubes. Em declarações à comunicação social na Madeira, Figueiredo manteve, no entanto, em aberto a possibilidade de alargamento afirmando: "Mesmo que se encare a situação de alargamento da Liga, coisa para a qual os clubes serão soberanos na decisão, nunca se poderia enquadrar a existência de não-descidas da I para a II Liga." O máximo responsável da Liga foi mais longe sublinhando que nunca esteve em cima da mesa tal situação, que considera "insustentável" e "um desastre para o futebol".
"Não podemos estar a alterar as regras a meio de uma época e decidir que não haverá descidas. Isso era um autêntico desastre, porque estamos a falar de uma competição desportiva e, nestas, o que temos é de premiar o mérito de quem obtém resultados e não premiar o demérito, não permitindo que quem fica em último não desça", acrescentou Figueiredo.
Mais tarde, após a vitória do seu Gil Vicente sobre o FC Porto (3-1), António Fiusa comentou estas declarações insistindo que Figueiredo deve cumprir as promessas eleitorais: "Sobre isso, já falei com ele várias vezes. Aquilo que tenho dito é que quero que cumpra o que prometeu aos clubes que votaram nele; foram os pequenos e médios clubes. No entanto, penso que o alargamento é uma realidade esta época. Os moldes em que vai acontecer, vamos esperar para ver e depois, lá mais para o fim do campeonato, falaremos sobre isso mais uma vez." Perante a insistência dos jornalistas quanto ao prometido por Figueiredo, o presidente gilista voltou a adiar a conversa, "mais para o final da época"