A entrada de Marat Izmailov no relvado da Academia de Alcochete, em conjunto com os seus companheiros, respondeu às dúvidas que assaltavam adeptos e especialistas, mas oportunamente antecipadas por este jornal: o médio russo foi de novo acolhido no seio do grupo de uma forma pública e esclarecedora, com presença consciente de Costinha, director para o futebol, com quem nasceu o conflito, e com beneplácito explícito do técnico, Carlos Carvalhal (ver peça nesta página).
A forma como a reintegração do camisola 7 foi conduzida pretende mesmo passar uma imagem clara de reconciliação, por forma a colocar um ponto final na polémica que tanta tinta fez correr desde o encontro com o Atlético de Madrid, da segunda mão dos oitavos-de-final da Liga Europa. Os intervenientes pretendem de uma vez por todas enterrar o machado de guerra que levou a trocas de acusações, algumas incoerências e muita instabilidade em torno da equipa. A vontade passa por sanar o problema, pelo menos até ao final da presente temporada, momento em que a situação será avaliada, em função do contexto do momento, tendo em conta que Izma é um activo valioso, que poderá ser rendibilizado, quer no plano desportivo quer no financeiro, mediante uma eventual transferência. O arrastar do conflito não beneficia nenhuma das partes, podendo mesmo produzir efeitos no valor de mercado do atleta, que, por seu turno, também procedeu a manifestação pública de arrependimento em declarações reproduzidas no jornal oficial do clube (ver notícia na próxima página).
Outra questão a avaliar a prazo será a condição física de Izmailov. Ontem, o jogador fez a sua entrada em conjunto com os restantes companheiros, sem distinção de tarefas nos 15 minutos a que os profissionais de comunicação social tiveram acesso, mas, ao que O JOGO apurou, continua a ser objecto de atenção especial, tendo efectuado trabalho individualizado.
Além dos cuidados que o seu joelho inspira - o mesmo que o levou a declinar participação no confronto com o Atlético de Madrid -, o seu afastamento da normal preparação do grupo desde o incidente também deverá estar na base da necessidade de exercícios específicos que lhe permitam atingir a condição exigida para a competição. Neste quadro, será necessário aguardar pelo desenrolar deste ciclo para perceber se Izma vai ser opção para defrontar o Rio Ave.