Se é verdade que Quim Machado tem recorrido à experiência, por exemplo, de Paulo Lopes, Elvis e Roberto, entre outros, é também curioso analisar que na equipa titular nos últimos jogos reside um quarteto que se estreia nos escalões profissionais portugueses. Logo na defesa há a sublinhar a presença do lateral Serginho, que acompanhou o treinador no trajecto feito do Tirsense para Santa Maria da Feira. Tal como em Santo Tirso, ostenta o título de imprescindível para Quim Machado, tendo agora, com 26 anos, chegado aos campeonatos profissionais. E do mesmo clube veio também Carlos Fonseca, extremo que chegou a alternar a titularidade com o banco de suplentes mas que ganhou, em definitivo, espaço no onze. A grande surpresa do Feirense nesta recta final dá pelo nome de Ricardo Machado. Ganhou o lugar na direita neste último terço do campeonato, depois de estar, até então, algo distante das primeiras opções do treinador. Está emprestado pelo Marítimo, mas apenas alinhou na formação B dos insulares. O único estrangeiro da lista é Thiago Freitas, brasileiro que veio dos escalões secundários da Alemanha. Tem sido elemento precioso no meio-campo e até já leva quatro golos na prova. A título de curiosidade, refira-se que o jogador mais utilizado chama-se Bamba, tem 21 anos e está no segundo ano entre os profissionais, depois de Chaves.
Fazer história contrariando-a
Um triunfo basta para que o Feirense festeje já no sábado a subida ao principal escalão. Se tal acontecer, então é sinal que a equipa de Quim Machado conseguiu um outro feito: sair da Vila das Aves com os três pontos. Não é que o clube nunca o tenha alcançado, mas a última vez faz-nos recuar à temporada 1996/97. Seguiram-se oito jogos do campeonato e o melhor que os azuis amealharam foram dois empates, curiosamente um deles na passada época.