Extra

Vasp ameaça cortar jornais em oito distritos em 2026

A Vasp ameaça cortar na entrega de jornais e deixar oito distritos sem distribuição regular de Imprensa. O acordo, firmado em 2024, parecia apontar para uma melhoria, mas a situação agravou-se entretanto

Esta quinta-feira, a empresa anunciou que fica em causa a entrega diária de publicações nos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança, a partir de 2 de janeiro de 2026. O corte é justificado pela queda das vendas na Imprensa e pelo aumento dos custos operacionais, que terão tornado as rotas insustentáveis.

Num comunicado, a Vasp adverte que a medida poderá limitar o acesso regular à Imprensa numa parte significativa do território português - em oito distritos do Interior do país -, pondo em causa um direito consagrado na Constituição da República Portuguesa.

Acordo com o Governo

Recorde-se que, em outubro de 2024, o Governo assinou um protocolo com a Vasp, garantindo que os concelhos de Vimioso, Freixo de Espada à Cinta, Marvão e Alcoutim voltariam a ter distribuição de jornais e de revistas, restaurando o serviço onde havia desertos de Imprensa. À data, o Executivo anunciou, ainda, que lançaria um concurso público internacional com vista a assegurar a distribuição de jornais em todo o país.

O plano do Governo da AD, que previa o concurso público prometido em 2024, continua por concretizar. A iniciativa visa colmatar lacunas em concelhos isolados.

O fim da distribuição de jornais em oito distritos, como ameaça a Vasp, poria em causa a garantia de acesso à informação a milhares de cidadãos.

O JN tentou contactar a Vasp, para obter uma explicação sobre este anúncio, mas não obteve qualquer resposta até ao momento.

Sara Oliveira