Internacional

Hakimi eleito melhor jogador africano do ano, Bubista o melhor treinador

Hakimi e Ghizlane Chebbak EPA

Lateral do PSG eleito melhor jogador africano de 2025

Achraf Hakimi foi eleito como Bola de Ouro africano de 2025, prémio para o melhor jogador do continente. Sucede no trono a Ademola Lookman. Desde Mustapha Hadji, antigo jogador do Sporting, em 1998, que nenhum jogador marroquino era eleito melhor jogador africano.

"Este troféu prestigioso não é só para mim, mas para todos os jovens africanos que têm sonhos e aspiram a ser jogadores", sublinhou Hakimi, ao receber o troféu das mãos dos líderes da CAF, o sul-africano Patrice Motsepe, e da FIFA, o ítalo-suíço Gianni Infantino.

Num ano em que ajudou os parisienses a arrebatarem o campeonato gaulês, a Taça de França, a Supertaça Europeia e uma inédita Liga dos Campeões, tendo ainda ajudado Marrocos a qualificar-se para o Mundial'2026, o defesa direito logrou pela primeira vez o maior prémio individual africano, batendo dois avançados, o egípcio Mohamed Salah, do campeão inglês Liverpool, e o nigeriano Victor Osimhen, do tricampeão turco Galatasaray. O defesa terminou em 6.º na última Bola de Ouro.

Quanto ao cargo de treinador, o prémio de melhor do ano foi para Bubista, selecionador de Cabo Verde, que levou a seleção a um Mundial pela primeira vez na história. "Isto é incrível. Quero agradecer à minha família, à equipa técnica, aos atletas e ao povo do meu país. Somos um país pequeno, mas temos um coração enorme", reconheceu Bubista, de 55 anos, sucessor do selecionador costa-marfinense Emerse Faé no prémio.

A distinção foi entregue pelo antigo avançado argelino Rabah Madjer, campeão europeu pelo FC Porto em 1986/87, numa cerimónia decorrida em Rabat, em que Cabo Verde e Marrocos eram candidatos ao galardão de melhor seleção nacional masculina, que foi vencido pelos sub-20 marroquinos, campeões mundiais do escalão há um mês, no Chile.

Já o octocampeão sul-africano Mamelodi Sundowns, comandado pelo português Miguel Cardoso, foi ultrapassado na categoria de clube masculino pelos egípcios do Pyramids, frente aos quais perdeu a final da Liga dos Campeões africanos na temporada passada.

Os marroquinos Bono e Othmane Maamma foram eleitos melhor guarda-redes e melhor jogador jovem, respetivamente. No feminino, a compatriota Ghizlaine Chebbak, que também alinha naquele clube da Arábia Saudita, superou Sanaâ Mssoudy, do FAR Rabat, e a nigeriana Rasheedat Ajibade, do Paris Saint-Germain, na corrida a melhor jogadora africana.

Redação com Lusa