Declarações de Giorgi Sudakov, médio-ofensivo do Benfica, em entrevista ao canal de Youtube ucraniano "VZbirna"
Ambiente no Estádio da Luz: "Eu fui suplente no meu primeiro jogo contra o Santa Clara. Cinco ou dez minutos antes das equipas terem entrado na Luz, as luzes apagaram-se, a águia voou e começaram a cantar o hino. A atmosfera foi simplesmente incrível, não há palavras que a descrevam. Fiquei verdadeiramente impressionado. Nos jogos seguintes, às vezes aconteceu algo em que já estávamos a sair do túnel [de acesso aos balneários para o relvado] e as luzes ainda estão apagadas e toda a gente está a cantar. Sempre que isso acontece, fico com arrepios, porque aquela atmosfera é verdadeiramente inspiradora. Especialmente depois [de ter saído] da Ucrânia, onde havia 500 adeptos nos jogos, isso foi incrível. Mesmo agora, quando jogámos com o FC Porto, foi um jogo fora, mas para eles [adeptos dessas equipas], um FC Porto-Benfica é um clássico e a excitação é simplesmente incrível. Mesmo fora de casa, há três mil adeptos do Benfica e, mesmo num estádio com 50 mil lugares, consegues ouvi-los. Por isso, o apoio é simplesmente incrível".
Adaptação ao Benfica: "Eu não tive nenhuns problemas a adaptar-me. Eles são realmente uma boa equipa, toda a gente é muito aberta e positiva, podes falar com todos. É um pouco difícil comunicar com os latino-americanos, porque eles não falam inglês e eu ainda não aprendi o português. Mas praticamente toda a gente fala inglês, tanto os portugueses como a maioria dos estrangeiros. Eu já comunico praticamente com todos os rapazes e não houve problemas de comunicação desde o primeiro dia".
Com quem fala mais na equipa? "Eu comunico com os noruegueses Aursnes e Schjelderup, com o grego Pavlidis, com o croata Ivanovic, com o bósnio Dedic, maioritariamente com os europeus. Depois há Leandro Barreiro. Nós temos duas mesas no autocarro e sentamo-nos todos juntos a jogar póquer, a falar, e é este grupo que mais fala entre si. Isso só acontece quando jogamos fora de casa. Já tivemos duas viagens ao Porto e uma viagem de três horas e meia, então quando não há mais nada para fazer, jogamos [póquer] mais na brincadeira".
Está a ter aulas de português? "Por causa de ainda ter várias situações, já falei com o professor, mas ainda não me meti nisso. Há muitas situações: encontrar uma casa, tantos jogos, fazer a mudança... Sei que tenho de colocar tempo de lado para isto, preciso de aprender pelo menos alguns termos básicos a 100%, mas ainda não cheguei lá".
Como é que a equipa o chama? "Chamam-me 'Suda'. Quando cheguei, perguntaram-me logo qual era o meu nome. Basicamente, toda a gente diz 'Suda' ou 'Gio'".