João Camacho está de saída do Moreirense. O madeirense revela, nesta entrevista a O JOGO, que vai regressar ao estrangeiro, onde já representou dois clubes: Compostela e Celta de Vigo.
João Camacho está de saída do Moreirense. O madeirense revela, nesta entrevista a O JOGO, que vai regressar ao estrangeiro, onde já representou dois clubes: Compostela e Celta de Vigo.
Depois de ajudar à conquista do título da II Liga e desta época inédita, diz adeus ao Moreirense...
-Foram duas boas épocas, senti-me muito bem aqui, mas terminei o contrato e chegou a altura de mudar; vou dar um novo rumo à minha carreira no estrangeiro.
Que fatores foram decisivos nesta época de sucesso?
-A qualidade dos jogadores e do treinador, naturalmente, mas também o facto de todos os jogadores terem assumido um compromisso comum, de fazer um grande campeonato para se mostrarem e valorizarem.
Identifica algum jogador que tenha sido mais preponderante?
-Nuns jogos uns, noutros jogos outros. Acho que tínhamos uma equipa que fazia da homogeneidade a grande força.
Perspetivava uma campanha assim?
-As minhas expectativas eram bastante positivas. A grande maioria dos jogadores tinha conquistado o título da II Liga na época anterior, com 13 pontos de avanço sobre o Farense, o segundo classificado. Só isso já dava muitas garantias.
Com que objetivos iniciaram a época?
-A permanência. Mas como a época começou a correr bem, o treinador propôs-nos outros objetivos: atingir o máximo de pontos e entrar na história do clube, além de tentar chegar ao quinto lugar e conseguir o apuramento para a Liga Conferência, o que seria inédito. O sexto lugar garante a presença na Taça da Liga na próxima época. Tudo sem qualquer tipo de pressão. Fomos atrás e só não conseguimos superar o Vitória de Guimarães, que também bateu o recorde de pontos. Não dava para fazer muito mais do que aquilo que fizemos.
Ficou surpreendido com as qualidades de Rui Borges?
-Surpreendido, não. Já o conhecia do Nacional. Sabia que ia fazer um bom trabalho, mas superou as minhas expectativas. É um líder e um bom gestor de recursos humanos, que comunica bem e consegue manter motivados todos os jogadores do plantel. Tem qualidade para atingir outros patamares.
Esta foi a melhor época da sua carreira?
-Acredito que sim. E sei que fui influente e importante no excelente rendimento da equipa, não só pelos quatro golos que marquei e as cinco assistências que fiz, mas também pelo que dei à equipa em cada jogo, inclusive no aspeto defensivo.
Como explica o nível exibicional que atingiu na última temporada?
-Uma das principais razões foi o modelo de jogo, que se enquadrava nas minhas características, mas também pela minha qualidade, empenho e dedicação.
Gosta mais de jogar em transição ou em ataque posicional?
-A transição favorece-me, porque sou rápido, mas gosto de jogar nos dois sistemas.
Victória, a princesa que trouxe alegria
João Camacho teve duas boas épocas no Moreirense, com o título de campeão da II Liga e um recorde de pontos, mas a passagem pelo Minho ficou marcada pelo nascimento da filha, Victória, em Guimarães. “Foi a melhor experiência da minha vida. Ser pai é uma coisa única, uma responsabilidade muito grande. Passamos a ter alguém que depende de nós para tudo. Também nos transmite uma felicidade indescritível”, diz.