O campeão francês sempre foi um dos principais opositores da Superliga Europeia, lançada pela primeira vez em 2021, mas o L'Équipe revelou que Nasser Al-Khelaifi trabalhou juntamente com Andrea Agnelli, ex-presidente da Juventus, num projeto semelhante em 2020
O projeto inicial da Superliga Europeia, anunciado em 2021 e recebido com grande oposição por parte dos adeptos, contou com o apoio de 12 clubes europeus, mas nenhum dos quais o PSG.
O campeão francês demostrou ser desde logo um grande opositor da criação de uma prova europeia à margem da UEFA, mas o jornal L’Équipe revela esta terça-feira que essa nem sempre foi a posição do seu presidente, Nasser Al-Khelaifi, pelo contrário.
De acordo com a fonte, no outono de 2020, cerca de seis meses antes do lançamento da Superliga, Al-Khelaifi reuniu-se com Andrea Agnelli, ex-presidente da Juventus, para discutir a criação de um projeto semelhante, denominado “Bohr Revelations”.
“Lembro-me de ter voado para Paris a meio da [pandemia de] covid-19. Não havia nada ao nosso redor, Paris estava deserta. Nasser e eu tivemos conversas sobre uma nova competição, em que ele disse que precisávamos de mudanças, porque se não reagíssemos, estaríamos mortos”, confirmou o antigo líder máximo da Juventus, numa entrevista recente ao jornal Financial Times.
Nesse âmbito, os dirigentes terão planeado dividir a gestão da competição entre si, com Al-Khelaifi encarregue da parte financeira e Agnelli responsável pela componente governativa.
No entanto, ainda antes do anúncio da Superliga, a relação entre os dois denegriu-se de tal forma que Al-Khelaifi, que também preside a Associações de Clubes Europeus (ECA), acabou por substituir Agnelli na direção do organismo, com a ideia “Bohr Revelations” a ficar na “gaveta”.
“Todo um grupo de clubes procurava formas de melhorar as competições europeias, tornando-as mais atrativas e gerando mais receitas. Isto foi feito com o conhecimento integral da UEFA”, comentou uma fonte próxima a Al-Khelaifi ao referido jornal, confirmando o seu relato.