Presidente do Braga lembrou assédio ao líbio e antecipa saída de Rodrigo Gomes sem voltar a jogar na Pedreira
Numa passagem pelo Canal 11, António Salvador abordou temas que alimentam falatório, tendo escalpelizado o dossiê Al Musrati, recuando aos meses de assédio ao internacional líbio, que terminou a última temporada como o atleta mais cobiçado do plantel.
O líder dos minhotos admitiu o forte interesse dos grandes, dando conta de um envolvimento mais sério do Benfica nessa operação. “Todos os clubes grandes de Portugal gostariam de ter o Al Musrati. É público que o Benfica tentou. O Sporting também gostava de o ter. Com o FC Porto nunca falámos nisso. Lá fora também têm interesse, no entanto, achámos que para esta época o Al Musrati era importante e fundamental para a equipa, e por isso renovámos o contrato”, argumentou Salvador, não negando que o Benfica ficou aquém dos valores que seriam aceitáveis.
“Se falámos de números? Com o Benfica chegámos a falar”, admitiu. Al Musrati está, nesta altura, longe do mesmo impacto da temporada transata, até porque uma lesão travou-lhe o contributo nos últimos encontros e a equipa tem sido bem guiada no mesmo lugar por João Moutinho.
O dirigente máximo dos minhotos não passou ao lado da espetacular época de Rodrigo Gomes, no Estoril, um ativo valiosíssimo do clube, que tem brilhado nos canarinhos, já com seis golos e cinco assistências, atuando como dono do corredor direito. Apenas com 20 anos e contrato válido com o Braga até 2026, Rodrigo Gomes aproveitou excecionalmente a saída transitória da Pedreira para elevar a fasquia quanto ao seu potencial, sendo já pouco crível que volte a ostentar o manto arsenalista . “Acredito que vão chegar propostas e ele sairá sem voltar a jogar na equipa principal do Braga”, realçou, sem hesitar.
Salvador foi ainda taxativo sobre a centralização dos direitos televisivos. “Hoje, o Benfica, FC Porto e Sporting têm cerca de 45 ou 50 milhões, o Braga, obviamente, não pode ter 8,7 milhões. Se hoje lutamos pelos títulos com FC Porto, Benfica e Sporting, se nos batemos em campo por conquistas como eles se batem, se estamos na Europa e lutamos como os outros, teremos de ter os mesmos direitos”, reclamou. “Na base social, nas receitas próprias, dos sócios, dos parceiros, isso é outra questão. Na centralização tem de haver igualdade; nós temos de ter aquilo que representamos, por mérito próprio”, rematou.