Formação

Alvo de insultos racistas, jogador da formação do Marítimo sai em lágrimas

André Silva, dos juvenis do Marítimo

Clube insular saiu em defesa do seu jovem atleta André Silva, de 15 anos, que vai ter apoio psicológico. Insultos foram num jogo contra o Câmara de Lobos. A APCVD instaurou processo de contraordenação

Um caso de racismo em escalões de formação está a gerar polémica e indignação na Madeira. André Silva, de 15 anos, saiu em lágrimas após ser alvo de racismo no Câmara de Lobos-Marítimo B, da Divisão de Honra de Juvenis. O Marítimo reagiu em comunicado, condenando o racismo.

"Ontem, num jogo de Juvenis, o nosso atleta André Silva foi vítima de comportamentos abjetos que o Club Sport Marítimo denuncia e repudia. Comportamentos e atitudes racistas são totalmente inaceitáveis, independentemente do contexto. O Club Sport Marítimo tem a certeza de que episódios semelhantes não refletem o nobre espírito da instituição para a qual trabalha o cidadão que injuriou e tentou humilhar o André. No entanto, esperamos consequências exemplares para que o 'nunca mais' não seja, somente, refrão que acompanha desgraças que pontuam o calendário da Humanidade. Ao André e à sua Família, toda a nossa solidariedade, proteção e apoio", escreveu o clube.

Segundo o JM-Madeira, "os factos, que envolvem como principal protagonista o delegado de jogo do Câmara de Lobos, foram registados após o apito final do encontro, que a equipa da casa venceu por 2-1". O clube da casa comunicou que ia apurar os factos antes de se manifestar.

A Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) instaurou um processo de contraordenação: "Face à notícia difundida nos órgãos de comunicação social relativamente a alegados insultos de teor racista, dirigidas ao jogador do CS Marítimo, André de 15 anos, no jogo entre CSD Câmara de Lobos e o CS Marítimo B, no Estádio Câmara de Lobos, a contar para a 5.ª jornada da 1.ª Fase do Campeonato Divisão Honra Regional - Juvenis - Futebol 11, competição organizada pela Associação de Futebol da Madeira, a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) instaurou um processo de contraordenação para apuramento dos factos."

Redação