Ao comando do Athletico Paranaense, o treinador brasileiro conseguiu reverter desvantagens em oito jogos. No domingo, na receção ao Estoril, confirmou a especialidade
A vitória suada contra o Estoril, anteontem, confirmou uma tendência curiosa de Paulo Turra. O segundo triunfo enquanto treinador do Vitória de Guimarães coincidiu com a nona reviravolta no marcador só durante o presente ano. Antes de ver a equipa minhota a dar a volta ao resultado, o técnico brasileiro tinha conduzido o Athletico Paranaense ao mesmo registo em oito ocasiões e em quatro competições diferentes.
O primeiro exemplo aconteceu no final de janeiro, para o campeonato paranaense, no terreno do São Joseense. O Athletico estava a perder 2-1 aos 54" e conseguiu virar com golos aos 59' e aos 86'. Para a mesma competição alterou o resultado na receção ao Operário Ferroviário, em fevereiro, e e na visita ao campo do FC Cascavel, em abril. No mesmo mês, para a Taça do Brasil, ficou em desvantagem logo aos 9' contra o CRB, mas Alex Santana alterou o resultado no segundo tempo.
Já em maio, no Paraguai, Óscar Cardozo, que representou o Benfica, colocou o Libertad na frente na fase inicial do encontro parta a Taça Libertadores, conseguindo a equipa de Paulo Turra dar a volta com golos de Rômulo e Alex Santana. Um quadro idêntico sucedeu na receção ao Flamengo, para o Brasileiro, também no mês de maio.
Igualmente em casa e também para o campeonato brasileiro, o Athletico Paranaense virou mais dois jogos: contra o Curitiba estava a perder 1-2 aos 66' e chegou ao triunfo nos descontos, ao passo que diante do Botafogo, orientado por Luís Castro, cometeu a proeza de ganhar por 3-2 depois de estar a perder por 2-0 ao intervalo.
Um feito que o Vitória repetiu na receção ao Estoril e que lhe permite somar 13 pontos ao fim de sete jornadas no campeonato e ocupar o sexto lugar, em igualdade com o Braga.
A primeira do Vitória em casa para a I Liga
Esta foi a primeira vez que o Vitória ganhou em casa depois de estar a perder 0-2 ao intervalo. Já o tinha conseguido em quatro ocasiões, mas na condição de visitado. A primeira foi em 1974/75, em Espinho, quando a equipa vitoriana era orientada por Mário Wilson. Em 1995/96, com Jaime Pacheco ao comando, virou o jogo em Alvalade, repetindo a proeza diante do Sporting em 2010/11, sob a orientação de Manuel Machado. Em 2018/19, no Dragão, quando Luís Castro era o treinador, o Vitória também passou de uma desvantagem de dois golos ao intervalo para um 2-3 final.