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Prestianni, associado ao Benfica: "Queria ficar no Vélez, mas depois de ser agredido..."

Gianluca Prestianni Instagram/Gianluca Prestianni

Ultras do Vélez Sarsfield atacaram os jogadores após a derrota com o Huracán

O Vélez Sarsfield atravessa um mau momento e a derrota com o Huracán enfureceu os adeptos ultras, que invadiram o centro de treinos da equipa e agrediram vários jogadores. Entre eles estava Gianluca Prestianni, avançado de 17 anos que, depois do incidente, terá pedido ao clube para o deixar sair rumo ao Benfica.

"Estou bem. Agora um pouco melhor. Depois do jogo com o Huracán, chegámos à Villa Olímpica para buscar os carros e ir para casa. Saímos, estava tudo escuro e, de repente, cruzam-se carros à nossa frente. Eram todos dos ultras. Bateram-nos. Eram uns cinco carros. Já os víamos há muito por lá junto do centro de treinos e agora que aconteceu isto, não gostamos nada", comentou à ESPN Prestianni, que foi suplente utilizado contra o Huracán.

"Estava sozinho no carro. Saí e num momento pararam uns dois carros à frente. Era uma rua escura e travei antes. Não sabia o que fazer. Vi que era gente com casacos e calças azuis. Eram da 'barra'... Nesse momento ia fazer marcha atrás, mas tive medo que me perseguissem. Vieram para o meu lado para ver quem era. Chegaram à minha janela, pediram-me para abrir a janela e aí começou tudo. Começaram a dizer coisas, porque estava sozinho e agrediram-me. Estou no Vélez há 13 anos. Aos 4 comecei e estive sempre aqui. Chegaram-me coisas para sair, mas disse que não porque sou adepto do clube, por respeito, mas... Queria continuar a jogar no Vélez, mas depois de ter sido agredido pela 'barra', não gostei nada. É uma decisão demasiado difícil, tenho que falar a minha família, porque são hinchas do Vélez. Não sei que fazer, mas tenho de ver muito bem", prosseguiu, reconhecendo que nesta altura a sua continuidade no clube é incerta.

Entretanto, Prestianni, de 17 anos, foi convocado por Diego Placente para a seleção da Argentina da respetiva categoria.

Leonardo Jara, colega no Vélez, contou ao Olé que o agarraram pelo pescoço e ameaçaram dar-lhe "dois tiros".

O Vélez emitiu entretanto um comunicado, a repudiar e lamentar o sucedido, mostrando-se disponível a colaborar com as autoridades.

Redação