André Lacximicant atravessa o melhor momento, com três golos nos últimos dois jogos do Braga B.
André Lacximicant chegou ao Braga há duas temporadas, proveniente do Leixões. Esta época já leva quatro golos e três assistências pela equipa secundária dos minhotos, tendo sido decisivo nas vitórias expressivas sobre o Fafe (4-1) e o V. Guimarães B (3-0). O sonho é estrear-se na Liga Bwin.
Marcou três golos nos últimos dois jogos. É o seu melhor momento?
-Sim, penso que estou num bom momento, tenho trabalhado para que isto aconteça. Estou focado em dar o melhor, como tenho feito, e agora é esperar que as coisas aconteçam como nestes dois jogos.
A equipa também somou pela primeira vez duas vitórias seguidas. O que mudou para melhorarem?
-Temos trabalhado de forma igual, sempre com o objetivo de estar entre os quatro primeiros. O que mudou foi a eficácia no ataque, porque Fafe [4-1] e V. Guimarães B [3-0] foram os únicos jogos em que ganhámos com mais de um golo de diferença. Antes, criávamos situações para marcar, mas falhávamos. Aliámos a finalização ao bom comportamento defensivo, pois somos das equipas com menos golos sofridos da Liga 3. Nos últimos seis jogos, sofremos apenas dois.
Marcou sempre a sair do banco. É uma espécie de arma secreta?
-Trabalho para dar o melhor enquanto estiver em campo, fazendo o máximo possível. Depois, a partir daí, o míster é que decide. Por acaso, marquei como suplente utilizado, mas também pode acontecer se for titular. Trabalho sempre para ser opção.
Que avaliação faz do trabalho do treinador, que teve a missão difícil de substituir Artur Jorge?
-Esta é uma Liga diferente, acho que ele também já se adaptou e tem trabalhado muito. É um treinador que comunica muito com os jogadores, deixa-os mais livres no campo, e isso é bom.
Com esta vitória, a equipa subiu ao quinto lugar, em igualdade com o Canelas. Ainda é possível chegar aos quatro primeiros?
-Desde o início da época que trabalhámos para que isso aconteça. É um objetivo coletivo que traçámos e nunca desistimos dele. Já estivemos mais longe, conseguimos aproximar-nos e vamos dar tudo para lá chegar no que falta jogar. Atravessamos uma série em que sofremos apenas uma derrota nas últimas sete jornadas e estamos confiantes.
Esta época, o Braga B não tem fornecido tantos jogadores à equipa principal. Houve alguma perda de qualidade?
-Não, todos os que estão aqui trabalham para que seja possível chegar lá. O Pedro Santos já se estreou, e isso também tem a ver com uma questão de oportunidade. O facto de haver poucos a dar o salto esta época não significa menos qualidade. Há é menos necessidade de a equipa A recorrer à equipa B, por não haver lesões. Além do Pedro Santos, também o Roger e o Dinis Pinto já foram chamados por Artur Jorge.
Recentemente, o Braga vendeu o Vitinha por um valor recorde. Surpreendeu-o esse negócio?
-Não me surpreendeu, porque é um jogador bastante completo e tenho admiração por ele, pela raça que mostra em campo. Cheguei a treinar com o Vitinha, mas jogar já não foi possível, infelizmente. Não foi surpresa nenhuma [a venda]!.
Que atletas vê com margem de progressão para chegarem à equipa principal?
-Qualquer jogador que esteja na equipa B tem de ter qualidade e trabalha diariamente em prol dos objetivos coletivos traçados. Trabalha também para dar uma boa resposta, caso seja chamado à equipa principal. Quanto a jogadores que possam lá chegar, vai sempre depender das necessidades. Esta época, o maior destaque é o Pedro Santos, que já foi duas vezes eleito homem do jogo na Liga 3 e estreou-se na equipa principal em bom plano. É, por isso, um exemplo a seguir, mas, em todas as posições temos jogadores preparados para dar uma boa resposta se a equipa A precisar.
Também se sente com essa capacidade, é um sonho a atingir?
-Desde que estou no Braga, tenho o objetivo de chegar à equipa A e estrear-me na I Liga. Tenho trabalhado para que isso aconteça e vou dar o máximo para que esse sonho seja concretizado. Sou um jogador de equipa, rápido, tenho golo, gosto de profundidade e, além de marcar, também gosto de assistir.