FC Porto

Os três golos marcados pelo Rio Ave frente ao FC Porto vistos ao detalhe

. AFP

Conceição disse que "faltou tudo" na primeira parte da derrota frente ao Rio Ave (3-1) e Pepe viu uma equipa sem identidade. Exemplos foram evidentes.

Nas análises no fim da derrota em Vila do Conde, Sérgio Conceição e Pepe detetaram de imediato uma série de erros. O FC Porto que habituou adeptos e adversários a ser altamente pressionante e agressivo nos duelos não existiu diante do Rio Ave, sobretudo na primeira parte.

As imagens que abaixo do texto mostramos, referentes a cada um dos três golos sofridos, detalham algumas das falhas, coletivas e individuais, mas há pontos de contacto. Nos três lances, a equipa orientada por Luís Freire esteve em ataque organizado e em expressiva inferioridade numérica. Ultrapassou facilmente a pressão do FC Porto, por simples ausência desta ou recorrendo a bolas longas - quando não ganhou a primeira bola, foi buscar a segunda ou até a terceira, num dos vários reparos feitos por Conceição.

O treinador disse que "não existe" fazer uma falta em 45 minutos, e foi mesmo inédito desde que assumiu o comando da equipa, em 2017/18. Outro reflexo notório da falta de intensidade dos campeões nacionais.

Os três golos vistos ao detalhe:

1-0 - Sem pressão ao portador

Num simples passe, o Rio Ave chega ao último terço e Otávio faz um gesto de reprovação. Ninguém perturba Costinha e este entrega a Ronaldo. Pepe tentou antecipar, Marcano ficou para trás e Aziz isolou-se: bastou um toque.

2-0 - Segundo poste: terra de ninguém

Num passe longo, Pepe corta à segunda e a bola sobra para Aziz, com o capitão a abrir os braços em protesto com os colegas. O extremo dribla Marcano e ninguém cobriu o segundo poste, onde Pedro Amaral encostou para golo.

3-0 - Dos alívios fáceis ao duelo perdido

Em nova bola longa, Marcano está sozinho mas, da cabeça, saiu um balão. Bruno Costa não fez muito melhor e deu-se um duelo de bola livre entre João Mário e Pedro Amaral. Ganhou o rioavista, que cruzou para Aziz faturar.

Ana Luísa Magalhães