Internacional

Florentino Pérez vai testemunhar no julgamento da transferência de Neymar

Neymar AFP

O extremo brasileiro, assim como Sandro Rosell, antigo presidente do Barcelona, enfrentam uma acusação de corrupção.

A transferência que levou Neymar do Santos para o Barcelona, a troco de cerca de 85 milhões de euros, teve lugar há quase uma década (2013), mas ainda faz correr muita tinta.

A operação tem sido investigada pelas autoridades catalãs ao longo dos últimos anos, resultando em que o extremo brasileiro, tal como Sandro Rosell, antigo presidente do Barça, fossem acusados de corrupção, sendo que o respetivo julgamento irá iniciar-se em 17 de outubro, no tribunal de Barcelona.

Esta terça-feira, a agência de notícias EFE revela que Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, é uma das 18 testemunhas chamadas a prestar depoimentos nesse mesmo julgamento.

O dirigente máximo merengue vai testemunhar no segundo dia do julgamento, sendo que a acusação pede cinco anos de prisão e uma multa de dez milhões de euros para Rosell, acusado de corrupção e fraude, e dois anos de prisão e a mesma compensação financeira a Neymar, acusado de corrupção.

Já Josep Maria Bartomeu, vice-presidente do Barcelona na altura da transferência de Neymar, ficou isento de qualquer acusação, uma vez que o Ministério Público espanhol não considera que tenha exercido um papel ativo na operação, apesar de ter sido quem assinou contratos alegadamente fraudulentos.

O pai de Neymar, que terá encaixado cerca de 60 milhões de euros, por via da sua empresa N&N Consultoria Esportiva, com a transferência do filho, também está acusado de corrupção, que lhe poderá valer uma pena de dois anos de prisão, o dobro da acusação efetuada à mãe do brasileiro, pelo mesmo crime.

Odilio Rodrígues, treinador do Santos na altura da saída de Neymar, enfrenta uma acusação de fraude e arrisca uma pena de três anos de prisão.

O Barcelona, o Santos e a empresa de agenciamento detida pelo pai de Neymar enfrentam ainda possíveis multas de 8,4, sete e 1,44 milhões de euros, respetivamente, caso sejam condenadas pela justiça catalã.

É de acrescentar que, em 2016, o Barcelona pagou uma coima de 5,5 milhões de euros por dois crimes separados de fraude fiscal, tornando-se no primeiro clube de futebol a ter sido condenado enquanto uma entidade legal.

Esse pagamento permitiu que o presidente do clube na altura, Josep Maria Bartomeu, e Sandro Rosell, que o antecedeu no cargo, fossem ambos absolvidos de qualquer acusação criminal.

Redação