Internacional

"O tratamento do Catar em relação aos homossexuais é completamente inaceitável"

Mundial do Catar decorrerá entre 21 de novembro e 18 de dezembro AFP

Diretor da Federação alemã de futebol criticou o país anfitrião do Mundial e nem a FIFA escapou à desaprovação

Oliver Bierhoff, diretor da Federação alemã de futebol (DFB), lançou esta sexta-feira críticas ao Catar pelo "tratamento em relação aos homossexuais", desaprovando ainda o papel da FIFA na atribuição do país como anfitrião do Mundial de 2022.

Recorde-se que as relações entre pessoas do mesmo sexo são estritamente proibidas no Catar, sendo castigadas com penas pesadas que, em termos de legislação, podem chegar à pena de morte.

"Esse tratamento dos homossexuais é absolutamente inaceitável. Não corresponde de forma alguma aos meus ideais", começou por esclarecer ao grupo Funke.

A FIFA também não escapou à mira do dirigente, que teceu críticas à organização por não ter feito pressão para uma mudança no que toca aos direitos da comunidade LGBTQ+ no país.

"Que critério utiliza a FIFA na atribuição do Mundial? É porque atribuir um torneio é umas das melhoras formas para apoiar uma mudança necessária. Isso tem de acontecer antes da atribuição e não depois, porque deixa de haver vantagem no sentido de aplicar [essa mudança]", refletiu Oliver Bierhoff.

"O critério de atribuição [do Mundial] deve estar intimamente ligado a questões de direitos humanos", rematou o antigo internacional alemão de 54 anos.