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Sporting um a um diante do Santa Clara: Matheus Reis rasga o aborrecimento

. Álvaro Isidoro / Global Imagens

Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores do Sporting que estiveram em campo na vitória por 2-1 sobre o Santa Clara, na meia-final da Taça da Liga.

Adán 6

Teve duas defesas apertadas na primeira parte, enviando, com reflexos apurados, o desvio de Cryzan ao poste. O espanhol poucas chances tinha no golo de Lincoln, mas formou mal a barreira.

Neto 6
Pouco incomodado pelo ataque açoriano, não cometeu erros assinaláveis.

Gonçalo Inácio 6
Controlou a profundidade, efetuando as dobras necessárias. Não vacilou com a bola nos pés.

Ricardo Esgaio 6
Passou largos minutos na área rival e ficou perto de marcar na primeira parte. Manteve uma presença bem subida na segunda parte, mas falhou muitos cruzamentos.

Ugarte 7
Melhorou ao longo do jogo. Ganhou duelos e interpretou o papel de médio que sabe destruir e depois construir. Em alta rotação, lançou contra-ataques, superando as dores no gémeo esquerdo.

João Palhinha 5
Demorou a entender o posicionamento no meio-campo, tendo em conta a novidade de ver Ugarte ao lado, e falhou coberturas. Foi crescendo a nível defensivo, mas, com bola, optou sempre pelo seguro. Pouco acelerou e baixou a fluidez no miolo.

Nuno Santos 6
Deu velocidade à ala esquerda e combinou com Matheus Reis em várias ocasiões. Cruzou, com propriedade, lance que daria o empate ao Sporting por autogolo.

Sarabia 7
Desaparece a espaços, mas mostra qualidade com a bola no pé e isso tem dado vitórias. Marcou de penálti, sendo o seu cabeceamento, ao segundo poste, a originar a falta. Um remate à figura na primeira parte e um passe a isolar Pedro Gonçalves que merecia melhor desfecho.

Tabata 6
Como falso nove, distribuiu bem o jogo e encontrou, com um passe longo, Nuno Santos, no lance que daria o empate. Lançou mais dois contra-ataques no final da partida.

Pedro Gonçalves 4
Passou ao lado do jogo. Não criou qualquer chance de golo na área do Santa Clara e foi enjaulado pela linha defensiva rival. Aos 6", faltou-lhe crença para chegar ao passe longo de Sarabia, que o deixaria na cara do golo.

Matheus Nunes 6
Deu outra velocidade, aparecendo na área para baralhar as marcações.

Paulinho 4
Um remate em arco à baliza para uma defesa apertada. No minuto seguinte, um tiro... disparatado. À boca da baliza, mandou o 3-1 para fora, já com o guardião batido. Inacreditável.

Rúben Vinagre 4
Um corredor para explorar e falhas consecutivas em passes e cruzamentos.

Gonçalo Esteves 5
Ajudou Neto a fechar a porta.

Tiago Tomás -
Lutou entre os centrais.

A FIGURA

MATHEUS REIS: 7

Defesa que ataca bem dá para inventar

Não é comum que um dos principais desequilibradores de um clube grande seja um central, mas Matheus, beneficiando de jogar numa linha de três e de ter sido médio ofensivo na formação, aproveita cada nesga de terreno para acelerar e procurar ruturas no corredor esquerdo. Assim, combinou com Nuno Santos, baralhando os rivais, e mostrou ao meio-campo e ao ataque que a imprevisibilidade é chave para ter sucesso. Penteou a bola, assistindo Sarabia no lance que ditou o penálti e, no fim do jogo, cabeceou forte, ficando perto do 3-1. A defender, aos 50", lançou a perna esquerda e evitou o golo cantado do Santa Clara.

Frederico Bártolo