Avançado luso evidenciou não ter ficado surpreendido com as ações discriminatórias, levadas a cabo por adeptos ingleses, sofridas por Rashford, Saka e Sancho.
Protagonista da passagem do testemunho de campeão europeu, na final do Euro'2020 do passado domingo, em Wembley, o internacional português Éder manifestou-se, esta terça-feira, "zangado" pelos insultos racistas dirigidos a Rashford, Saka e Sancho.
O trio de jovens futebolistas da seleção de Inglaterra foi alvo de abusos raciais, através das redes sociais, após ter falhado as conversões das respetivas grandes penalidades na decisão ante a Itália pelo troféu do Campeonato da Europa.
"Continuo a pensar nestes três talentosos jogadores de futebol, jovens que defendem o seu país, dando o melhor de si, que agora não só se batem por isso, como ainda por cima têm de lidar com abusos racistas, faz-me sentir zangado", escreveu Éder.
O avançado luso, que está sem clube, evidenciou não ter ficado surpreendido com as ações discriminatórias, levadas a cabo por adeptos ingleses, sofridas por Rashford, Saka e Sancho, que mereceram o repúdio de várias figuras do Reino Unido.
"Provavelmente 99% dos negros que assistiam ao jogo sabiam logo a seguir, isto iria resultar em contra-ataques racistas. Isto mostra que o racismo ainda está muito presente não só no mundo do futebol, mas em toda a nossa sociedade", notou.
Éder reclama que a comunidade futebolística "deve ser um exemplo de liderança e ter tolerância zero ao racismo", para que se possa "educar as nossas gerações e criar um impacto positivo na sociedade" contemporânea.
O avançado, autor do golo mais importante da história lusa no desporto-rei (desbloqueou o nulo na final ante França do Euro'2016), alertou também que "a maior parte" dos casos de racismo no futebol "nunca chega" aos media.