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Rio de Janeiro desiste da construção de autódromo por críticas de ambientalistas

Arranque da temporada marcado para 28 de março EPA

Obra tinha como propósito receber o Grande Prémio do Brasil, a 7 de novembro de 2021, mas obrigaria ao abate de milhares de árvores na zona da Floresta de Camboata

O executivo municipal do Rio de Janeiro desistiu oficialmente da construção de um novo circuito de Fórmula 1 numa antiga base militar da cidade brasileira devido a críticas proferidas por ambientalistas em relação à obra.

"Estamos oficialmente a desistir da construção do Circuito Internacional do Rio", afirmou esta terça-feira, à Imprensa brasileira, Eduardo Cavaliere, vereador do ambiente da câmara do Rio Janeiro, sobre o cancelamento do projeto.

Prevista para ser levada a cabo na Floresta de Camboata, situada na zona oeste da cidade brasileira, próxima ao Parque Olímpico de Deodoro, a obra exigiria o abate de 160 hectares de flora tropical (ou 180 mil árvores), pelo que foi "chumbado" pela classe dos ambientalistas.

A zona florestal citada "abriga 146 espécies de plantas, 14 delas ameaçadas de extinção, e 150 espécies de aves e 19 de mamíferos", segundo o documento partilhado por Eduardo Cavaliere.

Além dos profissionais que se dedicam ao estudo de impactos ambientais, também o piloto britânico Lewis Hamilton se opôs publicamente à criação da pista de alta velocidade, que havia sido apoiada pelo atual presidente brasileiro Jair Bolsonaro.

A intenção era acolher o Grande Prémio do Brasil, agendado para o próximo dia 7 de novembro de 20201, numa nova pista. Gorada a possibilidade, a etapa brasileira do Campeonato do Mundo de F1 vai realizar-se no Autódromo de Interlagos, como acontece desde 1990

Esta pista localizada na cidade de São Paulo foi construída, no século passado, em homenagem ao antigo piloto brasileiro da modalidade de motores.

Redação