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Rússia excluída por dois anos das principais competições mundiais

Rússia punida por incumprimento das regras antidoping EPA

Rússia excluída por dois anos das principais competições desportivas mundiais, por violar regras antidoping.

A Rússia foi excluída por dois anos das principais competições desportivas mundiais, entre as quais os Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para 2021, por incumprimento das regras antidoping, anunciou hoje o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS).

A decisão, que também proíbe a participação da Rússia nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim2022, é metade da sanção proposta pela Agência Mundial Antidopagem (AMA), que tinha pedido quatro anos de suspensão.

Os atletas russos que nunca tenham sido sancionados por doping poderão, de acordo com a decisão, participar em competições internacionais, mas sob bandeira neutra.

O comunicado do TAS não esclarece se a possibilidade de competir sob bandeira neutra se estende aos desportos coletivos. A Rússia está qualificada para o a fase final Campeonato da Europa de futebol de 2020, que também foi adiado para 2021 devido à pandemia.

Os três árbitros nomeados pelo TAS para analisar o caso reconheceram que as consequências do escândalo de doping, com a manipulação de resultados de análises em larga escala, "não são tão grandes" quanto a AMA pretendia.

Para justificar a dimensão da sanção, os árbitros dos TAS explicaram ter tido em consideração "questões de proporcionalidade" e evocaram a necessidade de promover uma "mudança cultural", encorajando a próxima geração de atletas russos a participar num desporto limpo.

O TAS ordenou ainda que Agência Russa Antidopagem (Rusada) pagasse 1,27 milhões de dólares (cerca de um milhão de euros) à AMA, para fazer face aos custos com as perícias realizadas desde 2019 na investigação à manipulação de resultados de controlos antidoping.

A AMA anunciou em dezembro de 2019 a decisão de banir por quatro anos a bandeira russa dos principais eventos desportivos, incluindo os Jogos Olímpicos Tóquio2020 e Paris2024, além dos Jogos de Inverno Pequim2022, impedindo ainda a realização de eventos de larga escala em solo russo.

A Rússia, acusada da adulteração de ficheiros informáticos deste laboratório entre 2011 e 2015, com vista a encobrir um programa generalizado de doping no país, recorreu da decisão para o TAS.

Redação com Lusa