Benfica

Noronha Lopes critica saída de Vinícius para o Tottenham

Carlos Vinícius, avançado cedido pelo Benfica ao Tottenham

Candidato frisa que nada justifica a decisão e aponta: "irracionalidade económica e falta de ambição desportiva de mãos dadas"

O empréstimo de Carlos Vinícius ao Tottenham mereceu fortes críticas de João Noronha Lopes.

Destacando o desempenho do atleta ao serviço do Benfica na sua primeira temporada, o candidato considera que a saída do ponta de lança "não resulta num claro benefício para o clube", frisando mesmo que "não se entende" o empréstimo de Vinícius por três milhões de euros, até porque, como lembra, "segundo Luís Filipe Vieira, o clube recusou, já este ano, uma proposta de 60 milhões de euros". Por isso, fala em "irracionalidade económica e falta de ambição desportiva de mãos dadas".

Eis o comunicado de João Noronha Lopes:

"No seu ano de estreia no Benfica, Vinícius foi o melhor marcador de um campeonato em que nem sempre foi titular e tornou-se uma aposta ganha. Foi-nos dito inclusivamente que Vinícius era intocável. Hoje, sem qualquer explicação, o mesmo Vinícius foi emprestado a um clube inglês.

Não há política de gestão desportiva que justifique esta decisão. Financeiramente, a sua saída não resulta num claro benefício imediato para o clube (3 milhões de euros). Dificilmente o jogador será titular habitual, o que torna muito improvável a sua venda no final da época.

A decisão de dispensar Vinícius foi anunciada 24 horas depois de Luís Filipe Vieira ter prometido que o seu foco absoluto são os resultados desportivos e na mesma semana em que foi anunciada com pompa a venda de Rúben Dias. Afinal, os "intocáveis" foram os primeiros a sair.

Se no caso de Rúben Dias é possível acenar com o valor da venda, não se entende o que leva o Benfica a emprestar por 3 milhões de euros um jogador pelo qual, segundo Luís Filipe Vieira, o clube recusou, já este ano, "uma proposta de 60 milhões de euros".

É um espantoso dois em um: irracionalidade económica e falta de ambição desportiva de mãos dadas.
Nunca mais é dia 30!"

Marco Gonçalves