I Liga

O um a um do dérbi entre Boavista e FC Porto: jogaste tanto, Oliveira

Porto, 26/09/2020 - O Boavista Fc Clube recebeu esta noite o Futebol Clube do Porto no Estádio do Bessa Sec. XXI em jogo a contar para a 2ª jornada da I Liga 2020/21. Golo de Sergio Oliveira (Ivan Del Val/Global Imagens) Ivan Del Val/Global Imagens

Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores das duas equipas portuenses no dérbi que dragões venceram por 5-0.

BOAVISTA UM A UM

Angel e Sauer antes da queda

Léo Jardim 4

Pareceu surpreendido pelo movimento e míssil de Corona, mas nos outros golos pouco havia a fazer. Negou o hat trick a Marega com uma bela defesa, aos 87".

Cannon 4

Atento às dobras, no primeiro tempo, bloqueou um remate de Marega (41") quando já cheirava a golo, mas faltou-lhe essa agressividade no resto do jogo. Comedido nas subidas.

Rami 3

Não jogava há cerca de sete meses e isso explicará as dificuldades que sentiu. Pouco lesto no golo de Corona e sem velocidade para Marega no terceiro.

Jesús Gómez 4

Começou algo nervoso na marcação a Marega, mas chegou ao fim da primeira parte com alguns bons cortes. Na segunda, não fugiu à quebra da equipa.

Ricardo Mangas 5

Ensaiou algumas subidas e combinações na primeira parte, mas tal já não foi possível após o intervalo. Não foi muito por aqui que o Boavista sentiu dificuldades.

Nuno Santos 4

Andou à caça de recuperações, mas um amarelo cedo (29") condicionou-o. Com a bola, não inventou.

Javi García 5

Tentou ser um auxílio à defesa e estar disponível para o início da construção. Cheirou o golo numa recarga, aos 50".

Gustavo Sauer 6

Um livre direto (50") deixou as mãos de Marchesín a escaldar, no lance mais perigoso do Boavista. Já tinha tido uma incursão perigosa na área um minuto antes.

Angel Gomes 6

Trata a bola com qualidade assinalável - foi um desafio desarmá-lo - e sabe onde a deixar, porque joga sempre de cabeça levantada. Atirou ao lado, aos 89 minutos.

Paulinho 5

Esteve em alguns bons momentos do Boavista e foi o primeiro a criar perigo, numa cavalgada (18") que terminou com um remate para defesa de Marchesín. Aos 76", foi lançado em velocidade, mas o argentino chegou primeiro.

Benguché 4

Estreia a titular com missão complicada. Não chegou a ser servido e tinha sempre Pepe ou Mbemba a respirar-lhe no pescoço. Ganhou um ou outro duelo ou falta.

Alberth Elis 5

Em estreia, a primeira ação do jogo foi um passe açucarado para Paulinho. Atrapalhou-se na área, aos 76".

Show 5

Tentou ajudar a equipa a respirar um pouco com bola, numa fase em que o resultado já não era discussão.

Nathan 5

Mais uma estreia. Entrou para a direita do ataque nos últimos cinco minutos. Não se encolheu no par de lances que disputou.

Miguel Reisinho 5

Atitude positiva quando só faltava esperar pelo apito final.

FC PORTO UM A UM

Jogaste tanto, Oliveira

Marchesín 7

Realizou quatro defesas importantes para fechar o primeiro jogo da época sem sofrer. Aos 18", amarrou tiro de Paulinho; aos 50", negou míssil de Sauer e recarga de Javi Garcia; aos 62", foi corajoso a sair aos pés de Paulinho.

Manafá 7

Paulinho deu-lhe algum trabalho no plano defensivo, mas não o demoveu de fazer o que faz melhor: subir pelo flanco para penetrar na área ou para procurar um companheiro através do cruzamento. Foi assim, aliás, que encontrou Luís Díaz para o 5-0.

Mbemba 6

O sentido posicional, a concentração e o entendimento a roçar a perfeição com Pepe foram suficientes para controlar Benguché, Elis e quem mais apareceu na zona central. Aos 49", afastou um cruzamento perigoso de Sauer.

Pepe 8

Esteve mais interventivo do que Mbemba a todos os níveis e, por isso, leva nota superior. Foi ele quem organizou a equipa no processo defensivo e, quando a bola chegou às imediações da área, limpou tudo. Impecável.

Alex Telles 6

Sauer pouco se notou de bola corrida, e isso é o maior elogio que se lhe pode fazer no plano defensivo. A atacar, teve algumas incursões perigosas, mas faltou um pouquinho mais de precisão no momento do cruzamento.

Danilo 7

Recompôs-se facilmente da perda de bola em zona perigosa aos 6 minutos e acabou por realizar uma exibição bastante sólida no capítulo defensivo. Serviu de ponto de partida para algumas saídas através de pontapés de baliza e lançou Otávio na jogada que resultaria no 1-0.

Uribe 6

O bom preenchimento dos espaços no meio-campo permitiu-lhe somar algumas recuperações, como a que esteve na origem de uma jogada em que acabou por acertar no poste. Foi simples e prático na entrega até sair.

Corona 7

Surgiu transfigurado do intervalo, após uma primeira parte com muitos erros, especialmente no capítulo do passe. Fez o 1-0 por uma nesga da baliza, aos 47", e mais tarde assistiu Marega para o 4-0. Pelo meio, envolveu-se em algumas jogadas de relevo e ainda tentou finalizar numa acrobacia.

Otávio 7

O posicionamento inicial à esquerda apenas serviu para iludir o adversário, porque daí saiu várias vezes para zonas interiores para ligar o futebol portista ou combinar com um companheiro. Nesse aspeto, Corona foi o parceiro ideal, já que lhe ofereceu o 1-0 e ainda o desmarcou na jogada que acabaria por resultar no 4-0.

Marega 8

Sente-se como peixe na água nas novas dinâmicas ofensivas, já que a mobilidade de todos no último terço do terreno permite-lhe arrasar as defesas em velocidade ou aparecer muitas vezes nas costas dos centrais para alvejar a baliza. Ontem, fê-lo por quatro vezes e em duas conseguiu bater Léo Jardim, que na parte final lhe negou o hat trick.

Luis Díaz 6

Envolveu-se em algumas combinações ofensivas ameaçadoras e, a acabar, surgiu na área a fazer o 5-0.

Zaidu 6

Fez-se notar no jogo com dois cruzamentos que causaram o pânico na defesa axadrezada.

Taremi 5

Provocou um erro no meio-campo no lance que terminou no 5-0.

Fábio Vieira -

Nada a apontar em 4 minutos.

Romário Baró -

Formou dupla com Danilo.

A FIGURA

Sérgio Oliveira, 8
Podem colocar o elogio em modo repetição

Os mais atentos aos festejos do título dos jogadores do FC Porto na última época decerto lembrar-se-ão da frase que todos os companheiros dedicavam a Sérgio Oliveira. O "jogas tanto, Oliveira" fez furor na altura e, ontem, motivos não faltaram para a recuperar, porque o médio confirmou um começo de época fulgurante com um golo de livre (a meias com a barreira), uma assistência para Marega e mais uma mão-cheia de ações que empurraram os dragões para uma vitória gorda no Bessa. Foi uma exibição cheia do internacional português, que no primeiro tempo já havia tentado o remate por três ocasiões e ainda oferecido a Uribe a possibilidade de marcar.

Ana Luísa Magalhães / Bruno Filipe Monteiro