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Treinador do Boavista avisa que "tem de haver exigência máxima" até ao fim

epa08504753 Boavista's head coach Daniel Ramos reacts during the Portuguese First League soccer match between FC Porto and Boavista FC at Dragao stadium in Porto, Portugal, 23 June 2020. EPA/JOSE COELHO / POOL EPA

Daniel Ramos sublinhou que "ninguém pode achar que o trabalho já está feito e quem o fizer está errado ou está a mais"

O treinador do Boavista afirmou este sábado que "tem de haver exigência máxima" até ao fim da I Liga e recusou qualquer "comodismo" pelo facto da equipa já ter 35 pontos, que praticamente chegam para a manutenção.

Na antevisão do jogo com o Santa Clara, no domingo, para a 29.ª jornada da I Liga, Daniel Ramos sublinhou que "ninguém pode achar que o trabalho já está feito e quem o fizer está errado ou está a mais".

O técnico referiu que "a semana de trabalho foi outra vez curta", mas disse que o tempo foi "bem" aproveitado para corrigir o que correu mal com o FC Porto e preparar o jogo com o Santa Clara da melhor forma, sabendo que a equipa açoriana vem de uma vitória frente ao Benfica, na Luz, por 4-3.

"Demos três passos à frente em jogos anteriores e um passo atrás [frente ao FC Porto, na ronda anterior] pela segunda parte que fizemos, não pela primeira, que não foi muita boa, mas foi boa", analisou.

O Santa Clara "é uma equipa sólida, com comportamentos já bem definidos, vem de um resultado excecional e está de parabéns por isso, mas são jogos diferentes", considerou o treinador "axadrezado", que espera reencontrar-se com os bons resultados.

"O Santa Clara tem sido sempre uma equipa, quer em casa, quer fora, que tem concedido e criado oportunidades, que se predispõe a fazer um jogo na procura do golo, não é uma equipa de espera, é uma equipa ativa e por isso antevejo um bom jogo", afirmou.

Daniel Ramos deseja que a sua equipa tenha bola e capacidade de se aproximar com frequência da baliza do Santa Clara e, com isso, "criar oportunidades" de golo.

"Perspetiva-se um bom jogo entre duas equipas a jogar para vencer", resumiu.

Questionado sobre a atitude que espera da sua equipa, disse que, "enquanto for treinador do Boavista, tem de haver exigência máxima e ninguém pode achar que o trabalho já está feito e quem o fizer está errado ou está a mais".

O seu sublinhado, explicou, sem contudo pormenorizar, fundamenta-se em ""feelings"" de se achar que já se está cómodo e que 35 [pontos] chegam".

"Não chega e, por isso, são sinais de alerta para dentro, e quem não estiver a pensar assim, está errado", reafirmou, insistindo que quer "exigência máxima até ao último dia, sem ses".

Na conferência de imprensa anterior, quando anteviu o embate com o rival FC Porto, Daniel Ramos disse que queria resolver o seu futuro o quanto antes e que, por esse motivo, pretendia reunir esta semana com o presidente do Boavista, Vítor Murta, mas tal não aconteceu. "Se calhar na próxima semana, que é um bocadinho mais longa", adiantou.

O técnico frisou ainda que, "às vezes, esquece-se" que o Boavista perdeu os jogadores Samu, Rafael Costa, Neris, que saíram para outros clubes, ao passo que "entradas em janeiro zero" e apesar disso continuou a "fazer pontos e até a aumentar de rendimento".

"Estou a apostar em jovens, o clube está a ter e vai ter retorno, porque há jogadores que vão no final da época ser muito valorizados. Isto é um grande ganho, mas não chega e não vou deixar ninguém acomodar-se. Quero exigência interna e que não haja comodismo", completou.

O Boavista, 10.º classificado, com 35 pontos, defronta no domingo o Santa Clara, 8.º, com 38, em jogo da 29.ª jornada da I Liga, marcado para as 21h00, no Estádio do Bessa, no Porto.

Redação com Lusa