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Costa falou em "cidadãos livres" e tirou dúvidas sobre recolher obrigatório

António Costa, primeiro-ministro de Portugal Lusa

Primeiro-ministro explicou que o Governo apoia o estado de emergência em Portugal.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta quarta-feira que o Governo apoia a decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de decretar o estado de emergência.

A comunicação foi feita pelo primeiro-ministro após uma reunião urgente do Conselho de Ministros, que decorreu no Palácio da Ajuda, em Lisboa, especificamente para analisar este decreto de estado de emergência devido à pandemia de Covid-19.

António Costa explicou, que "atenta a gravidade da decisão", inédita em democracia, entendeu que o Governo se deveria pronunciar através de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros. "Atento aos fundamentos do pedido do Presidente da República, o Governo dá um parecer favorável ao decreto que o senhor Presidente da República apresentou para apreciação e votação na Assembleia da República", anunciou.

O primeiro-ministro escusou-se a detalhar esses fundamentos, que serão anunciados por Marcelo Rebelo de Sousa em comunicação ao país, caso o parlamento aprove a proposta de decreto presidencial, mas deixou um aviso. "Com a declaração do estado de emergência, a democracia não será suspensa, continuaremos a ser uma sociedade de cidadãos livres, responsáveis por si e pelos outros", afirmou, elogiando o exemplo "notável de civismo" dos portugueses.

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Apenas em resposta a uma pergunta, detalhou que o recolher obrigatório "não está sequer previsto no decreto" e remeteu para um Conselho de Ministros na quinta-feira a aprovação de medidas que irão dar execução ao decreto presidencial.

Antes, reuniu-se o Conselho de Estado, por videoconferência, o órgão de consulta política do Presidente da República.

Redação com Lusa