FC Porto

FC Porto e a seleção Sub-21 num registo sem paralelo

Diogo Leite e Diogo Costa num treino do FC Porto

No passado de que há registos, nunca o clube tinha fechado um ano como principal fornecedor da seleção que antecede a A

Diogo Costa, Diogo Leite, Diogo Queirós, Vítor Ferreira e Fábio Vieira foram titulares e ajudaram a seleção de sub-21 a vencer na Noruega e a aproximar-se bastante da presença no Europeu de sub-21. Foi quase meia equipa do FC Porto, o que além de ser uma novidade remete para um novo domínio azul e branco entre a juventude do escalão que antecede a seleção principal. Com esta convocatória fechou-se o ciclo de 2019. E pela primeira vez desde que há memória (que é como quem diz, registos online) o FC Porto terminou um ano civil com mais convocatórias do que os rivais. No sítio da Federação Portuguesa de Futebol estão publicadas todas as convocatórias desde 2012. E em nenhum dos anos anteriores o FC Porto foi a equipa com mais convocatórias registadas. O que agora acontece não deixa de ser um sinal de que a posta recente que o clube tem feito nos jogadores do Olival já tem reflexos fora desse espaço. E, de alguma forma, valida a decisão da SAD.

Os números que ao lado publicamos não devem ser lidos de forma absoluta, até porque houve anos de 10 convocatórias e outros apenas com quatro. A comparação é o mais relevante e permite tirar outras conclusões: o Sporting caiu a pique e há muito que não domina as listas do selecionador. E o Benfica, que teve um pico recente proporcional ao "boom" do Seixal tem, aparentemente, menos gente de qualidade indiscutível nesta nova geração.

Diogo Costa e Diogo Leite são apostas desde a temporada passada, embora Sérgio Conceição só este ano tenha lançado o jovem guarda-redes. Diogo Queirós saiu para rodar no Mouscron e voltar mais forte. Vítor Ferreira vai renovar e ser chamado ao plantel principal em breve. Fábio Vieira vem na linha seguinte. Esteve para integrar a pré-época, mas foi ao Europeu de sub-19 e perdeu espaço. No jogo de Portugal faltou ainda Romário Baró, que não foi chamado por estar lesionado, mas até tinha boas hipóteses de jogar e tornar ainda mais azul e branco o grupo que venceu na Noruega. Tomás Esteves já lá esteve no passado, mas entretanto foi ultrapassado. Fábio Silva, de apenas 17 anos, tem boas hipóteses de aumentar o número no futuro.

Reforços em casa travam contratação de defesas

O centro da defesa do futuro do FC Porto será, ao que tudo indica, um reflexo da atual. Pepe, Marcano e Mbemba estão bem e recomenda-se, Diogo Leite e Diogo Queirós têm potencial reconhecido por todos. Foi precisamente para que pudesse jogar mais do que aquilo que concorrência portista lhe permitiria que o jovem foi emprestado ao Mouscron. Sérgio Conceição quer que Queirós esteja mais preparado no próximo verão e possa ocupar alguma vaga que abra, apesar de os outros nomes serem figuras consensuais. Pepe tem contrato até 2021, Marcano tem vínculo até 2023, Mbemba é um polivalente de utilidade cada vez maior e Diogo Leite está, para já, à frente de Queirós. É pelo elevado número de alternativas que os dragões fecharam a porta do mercado a mais centrais. Aliás, anteontem, Francisco J. Marques confirmou, no Porto Canal, que o futuro da defesa está em casa, nomeadamente em Leite e Queirós.

André Morais/Bruno Filipe Monteiro