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Ofensiva turca contra os curdos origina despedimento na Alemanha

epa07920615 Turkish supporters before the UEFA EURO 2020 qualifier soccer match between France and Turkey held at Stade de France Stadium in Paris, France, 14 October 2019. EPA/IAN LANGSDON Ian Langsdon/EPA

St. Pauli, da II Liga alemã de futebol, dispensou o jogador turco Cenk Sahin depois de ter encorajado as tropas do seu país.

O St. Pauli, da II Liga alemã de futebol, dispensou o jogador turco Cenk Sahin depois de ter encorajado as tropas do seu país na ofensiva contra os curdos. Em comunicado publicado no sítio oficial da internet, o clube refere que "o contrato existente mantém-se válido em primeira instância", mas que, para a "proteção de todas as partes envolvidas, o St. Pauli dá permissão a Cenk Sahin para treinar e jogar por outros clubes".

"Depois de conversas entre os dirigentes do clube e o jogador, Cenk Sahin foi dispensado de treinar e jogar com efeito imediato. Os principais fatores para a tomada de decisão foram o desrespeito repetido pelos valores do clube e a necessidade de proteger o jogador", pode ler-se na nota.

No mesmo documento, o emblema explica que, "depois de muitas conversas com adeptos, membros e amigos" turcos não vai "avaliar em detalhe nuances de perceções ou atitudes de outras origens culturais".

"No entanto, que nós rejeitamos atos de guerra não está aberto a dúvidas ou discussões. Esses atos e a expressão de solidariedade a favor deles são contrários aos valores do clube", prossegue o comunicado.

Na sexta-feira passada, os ultras do St. Pauli exigiram a rescisão de contrato do jogador, referindo que esta não era a primeira "gafe verbal ou mediática de Sahin sobre o assunto, que já se manifestou de forma pró-nacionalista, fiel ao regime e com desprezo sobre a morte da população curda no passado".

O St. Pauli é o atual quinto classificado na II Liga alemã e é largamente conhecido como um emblema de culto, devido às posições de esquerda que assume em questões políticas e sociais.

Redação