Futebol

Há uma equipa nos distritais de Aveiro com 17 estrangeiros e cinco portugueses

Adolfo Monsalve, treinador venezuelano do Gafanha

O Gafanha, da AF Aveiro, na iminência de fechar as portas, aceitou uma solução: investimento do Equador e uma resma de jogadores sul-americanos

Ter um plantel com poucos portugueses já não é uma novidade se esta realidade se referir a um clube da I Liga. Ora, o Gafanha, 13.º da Divisão de Elite da AF Aveiro, apresentou um onze composto somente por estrangeiros em três dos cinco jogos efetuados esta temporada.

A explicação do presidente Carlos Peleja é simples, pois esta foi a solução encontrada pelo emblema da Gafanha da Nazaré para impedir que o clube fechasse portas.

"A duas semanas do início do campeonato, estávamos na iminência de fechar portas. Apareceu um parceiro do Equador e foi a solução possível para continuarmos a competir. Os cinco portugueses que temos no plantel são jogadores desta zona que esperaram quase até à última por uma solução", justifica.

No plantel do Gafanha há nove equatorianos, dois paraguaios, um brasileiro, um venezuelano, um espanhol, um colombiano e um uruguaio. Ao todo, 17 jogadores estrangeiros. Até o treinador, de nome Adolfo Monsalve, é sul-americano (venezuelano), mas Carlos Peleja conta "equilibrar" a balança no mercado de inverno.

"Tínhamos dívidas altíssimas. Sem este parceiro, a porta estaria fechada. Queremos ter mais portugueses já em janeiro", garantiu. Segundo o dirigente, os adeptos "compreendem" a situação. Ao que O JOGO apurou, na AF Aveiro não há um número mínimo de jogadores formados localmente a apresentar numa ficha de jogo, mas o número de estrangeiros na Divisão de Elite até diminuiu de 124 para 69 atletas face a 2018/19.

João Maia