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Braga um a um: Galeno foi mágico do tempo e do espaço

Soccer Football - Europa League - Group K - Wolverhampton Wanderers v S.C. Braga - Molineux Stadium, Wolverhampton, Britain - September 19, 2019 S.C. Braga's Ricardo Horta celebrates scoring their first goal with teammates REUTERS/David Klein REUTERS

UM A UM - Análise ao desempenho dos jogadores do Braga, que ontem, quinta-feira, venceram o Wolverhampton (0-1), em Inglaterra, em partida da Liga Europa.

BRAGA UM A UM: OS CAÇADORES GALENO E HORTA

Matheus 6

Em noite inspirada, revelou-se um interessante quebra-cabeças para os atacantes da equipa inglesa. Muito atento aos cruzamentos, fez defesas de alto nível.

Esgaio 6

Mais comedido do que é habitual a explorar o flanco direito, não deixou de alimentar o ataque, ora através de lançamentos, ora com bons cruzamentos.

Bruno Viana 7

Comandou com classe a defesa, surgindo quase sempre no sítio certo, a varrer onde era preciso. Controlou bem, na medida do possível, Cutrone e Jiménez.

Pablo Santos 5

Alternou boas intervenções com outras menos felizes, complicando aquilo que parecia ser fácil. Foi subindo de rendimento ao longo da partida.

Sequeira 6

Um lutador do princípio ao fim, sem poupar nos esforços e na velocidade. Perdeu algum fulgor depois de ter visto o cartão amarelo.

Palhinha 7

Intratável nas manobras defensivas e com uma eficiência impressionante. Foi um travão constante para o adversário, distribuindo jogo com simplicidade.

Fransérgio 5

Sem o deslumbre de outros jogos, foi salpicando o relvado de surpresas, sempre de olho no alvo. A pontaria é que não ajudava.

André Horta 6

De volta à titularidade, conferiu grande dinamismo ao meio-campo dos arsenalistas, entregando-se de corpo e alma ao trabalho defensivo sempre que a bola estava na posse do adversário.

Ricardo Horta 8

O poder de fogo deste Horta parece não ter fim. Foi o que se viu na melhor das oportunidades, a passe de Galeno. Não perdoa, mesmo quando nem tudo sai com a perfeição constante de outros jogos.

Paulinho 6

Incansável. Entalado por três valentes centrais, nunca se encolheu e até arranjou forma de atirar, em golpes de cabeça.

Francisco Trincão 5

Trouxe vivacidade ao corredor direito, impedindo a subida em bloco do Wolverhampton no terreno.

João Novais 5

Integrou-se bem na linha média, acrescentando ao sector capacidade de remate, de meia e longa distância.

Murilo 5

A gazela do costume. Compensou o desgaste de alguns companheiros.

A FIGURA
GALENO 8

Encostado parcialmente ao flanco direito, Galeno encheu o campo, perfumando o relvado de lances geniais, polvilhados por desconcertantes mudanças de velocidade. Foi o cabo dos trabalhos para a defesa do Wolverhampton, não espantando ninguém quando conquistou uma bola a meio-campo para abrir alas para o golo de Ricardo Horta, num lance em velocidade em que pareceu ter tempo para tudo. Os craques são assim mesmo: transformam segundos numa eternidade para executarem tão bem como pensam.

Portugueses do Wolverhampton: Neves foi um senhor canhão

Rui Patrício 6

Com o radar bem ligado, o internacional português tratou de anular uma mão-cheia de cruzamentos para a área, poupando os companheiros da defesa a algum trabalho. Seguro entre os postes, fez os possíveis por manter a baliza inviolável, mas não teve qualquer hipótese na bomba colocada de Ricardo Horta.

Rúben Neves 7

O Wolverhampton começa a ser pequeno demais para tanta qualidade. Eficiente no passe e muito imprevisível nas ações ofensivas, o médio ex-FC Porto parecia levar a equipa às costas, fazendo dos disparos de longe uma impressionante vulgaridade. No final do jogo, as luvas de Matheus deveriam escaldar.

João Moutinho 6

Saltou do banco para acrescentar alguma clarividência à equipa e o médio fez realmente por isso, tentando fazer a diferença nos chamados lances de bola parada. Por entre cantos e livres, fez os possíveis por simplificar os caminhos para a baliza do Braga, mas o rumo do jogo não ajudava e os níveis de ansiedade dos companheiros também contrariavam as intenções deste centrocampista que, apesar de já não entrar em correrias loucas, tem sempre algo de especial para tirar da algibeira.

Pedro Rocha