Conceição reconhece-lhe capacidade para poder jogar em diversos esquemas e, além disso, está cada vez mais convencido de que Bruno Costa poderá ser uma opção real. Benfica foi ontem lançado à corrida.
Matheus Uribe está iminente no FC Porto e chega para fechar o meio-campo, se não houver qualquer saída. Depois do colombiano, não haverá qualquer novo reforço para a posição, essencialmente porque Sérgio Conceição o considera um médio muito completo e capaz de jogar de diversas formas, seja ao lado de Danilo, seja num meio-campo a três, como médio de transição ou até número 10.
Mas há mais: o jogador do América será um investimento avultado (custará mais de 10 M€) e o treinador está determinado a dar espaço a Bruno Costa como alternativa aos titulares. O jovem convence cada vez mais e vai subir na hierarquia da posição.
O FC Porto está no México para fechar o jogador a tempo de o inscrever na pré-eliminatória da Liga dos Campeões, contra o Krasnodar. A primeira mão, na Rússia, a 7 de agosto, é praticamente impossível, mas se o jogador for inscrito até à véspera, tem condições para ser opção a 13 de agosto, no jogo decisivo que se disputa no Dragão. Do ponto de vista físico, o jogador chega com dois jogos oficiais nas pernas e não haverá problema.
Ao contrário do que a SAD azul e branca esperava, não foi possível fechar o dossiê ontem e hoje haverá nova investida. As notícias que chegam do México são diversas. Numa delas, Uribe é "colocado" numa festa de despedida dos colegas. Noutra, da ESPN, diz-se que o Benfica entrou na jogada e pode aproveitar a dívida dos mexicanos contraída por ocasião da venda de Castillo.
Os dragões sabem que nem a despedida foi ontem, nem o Benfica apresentou qualquer proposta. Aliás, O JOGO apurou que nem o interesse é real. Mais milhão, menos milhão, Uribe será dragão. E o meio-campo fecha com ele, Danilo, Loum, Sérgio Oliveira e Bruno Costa.
É goleador e também assiste
Matheus Uribe é um jogador com características distintas de Herrera. Aliás, a SAD cedo percebeu que seria muito difícil encontrar uma "sósia" do antigo capitão e, por isso, decidiu avançar por um "8" com técnica, que possa ajudar a desequilibrar no último terço do terreno.
Em primeira instância, o colombiano traz golo para o Dragão. Seja pelos que marca, seja pelos que oferece. Até podíamos contabilizar todas as provas e mais Uribe se destacava, mas optámos por colocar o foco apenas nos respetivos campeonatos, até porque América e FC Porto são equipas de dimensão semelhante em cada um dos países.
À vista salta o facto de Uribe estar à frente nos dados relativos ao golo: 15 em duas temporadas dão uma média bem superior em dois golos por época aos que Herrera marcou no FC Porto. O mexicano saiu do FC Porto com 35 golos no total das provas, mas a verdade é que muito poucos foram marcados de fora da área até porque arriscava pouco, ao contrário de Uribe que tem na meia distância uma das suas virtudes. No América, o colombiano é a figura da equipa e o responsável pelo equilíbrio da equipa, sendo ele que define os ritmos com a bola nos pés e também sem ela. O cafetero também oferece mais tentos do que Herrera.
Além disso, perde menos bolas, tanto no meio-campo ofensivo como defensivo e tem uma maior percentagem de duelos aéreos ganhos, apesar de ser mais alto apenas dois centímetros. No resto, Herrera está à frente, nomeadamente no capítulo defensivo.