Andebol

Sporting reage ao incidente com as carrinhas vandalizadas: "Mais um crime a juntar a vários outros"

O Sporting jogou com o Benfica na Luz e as carrinhas dos adeptos leoninos foram vandalizadas.

As carrinhas que levaram no domingo os adeptos do Sporting para a Luz, para assistirem ao dérbi de andebol frente ao Benfica - vitória das águias por 25-24 -, foram vandalizadas por adeptos encarnados.

As carrinhas estavam grafitadas com referências à morte de Marco Ficcini (adepto do Sporting atropelado mortalmente nas imediações do Estádio da Luz) e ao adepto que morreu com o very light no Jamor, em 1996, tendo ainda vidros partidos e objetos remexidos.

Os leões reagiram em comunicado esta segunda-feira, dizendo que não é "aceitável" que as claques se "vangloriem de assassinatos sem que nenhum sanção seja aplicada".

Leia o comunicado na íntegra:

"Mais um ataque de vandalismo. Mais um. Neste caso contra o património imaterial do nosso clube - os nossos adeptos, uma das nossas claques organizadas.

É esta repetição de actos de violência no Desporto que deve envergonhar quem os encobre e quem não os censura publicamente.

A Justiça Desportiva, o IPDJ, a Justiça Comum, as mais altas instituições do País não podem continuar a ignorar as sucessivas violações da lei.

A lei é e tem de ser igual para todos.

Quando se quer combater a violência no desporto, combate-se efectivamente.

Não é aceitável que claques, sejam elas legais ou ilegais, se vangloriem de assassinatos sem que nenhuma sanção seja aplicada, sem que nenhuma consequência ocorra, em plena impunidade.

Não é aceitável a ofensa à memória de inocentes que foram mortos por serem adeptos do Sporting Clube de Portugal.

Não é aceitável que se recorde isso nos pavilhões, nos estádios e agora até mesmo em veículos de adeptos do Sporting Clube de Portugal.

É uma indignidade, e é, acima de tudo, um crime.

Mais um crime a juntar a vários outros crimes que não podem passar em claro.

Não há nada pior que o sentido de injustiça e de impunidade numa questão tão grave como esta.

Da nossa parte, não nos cansaremos de denunciar publicamente este caminho perigoso que precisa de ter um fim.

Apelamos a todas as instituições deste País que tenham a mesma coragem e nos acompanhem neste caminho.

O silêncio branqueia a violência.

Conselho Directivo do Sporting Clube de Portugal

6 Maio 2019"

Redação