Benfica

O melhor em campo do Benfica em Frankfurt: garra, atitude, mas sem companhia

Samaris esteve em foco no duelo de Frankfurt Kai Pfaffenbach/Reuters

UM A UM - Confira as notas atribuídas por O JOGO aos jogadores do Benfica na segunda mão dos quartos de final da Liga Europa, que os alemães venceram por 2-0.

Vlachodimos 5

Inseguro a sair dos postes (socou várias vezes a bola em lances que aparentemente teriam pouca dificuldade), pouco podia fazer nos golos sofridos. Aos 71" voou para negar o golo a Rode.

André Almeida 5

Kostic deu-lhe muito trabalho. Ultrapassado em alguns lances, apareceu aos 24" com um corte providencial que evitou males maiores. Sem conseguir subir no terreno (fê-lo pouco e sem grande acerto), esforçou-se na sua zona de ação.

Rúben Dias 4

Ficou incumbido de marcar Rebic e, nessa tarefa, ganhou e perdeu lances. No primeiro golo, não fica bem na fotografia e, no segundo, é a partir de um alívio seu que surge o golo que deu a passagem às meias-finais do Eintracht. Sem André Almeida, derivou para lateral-direito nos instantes finais.

Jardel 5

Rendeu Ferro no eixo da defesa e teve algumas desatenções. Em velocidade, foi batido um par de vezes. Uma exibição com muitas hesitações e nivelada por baixo.

Grimaldo 5

Face à velocidade dos rivais, nem sempre ganhou bolas divididas. Mais atrevido na segunda metade no que toca à integração no ataque, pertenceu-lhe o cruzamento para Salvio, que atirou ao poste, num dos melhores momentos do ataque benfiquista.

Fejsa 4

De regresso ao onze, o internacional sérvio esteve muito longe do que habitualmente faz. Aos 15" podia ter comprometido com um mau atraso de cabeça. Perdeu bolas no miolo e o passe raramente saiu da forma que pretendia. Faltou-lhe ímpeto, sendo permissivo em demasia no meio-campo. Jogou de pantufas quando se exigia maior agressividade.

Rafa 4

Ao contrário do que tem sido habitual nos últimos tempos, debutou sobre a direita e não conseguiu desequilibrar. Pelo contrário, na maioria das vezes que entrou em drible acabou por perder o esférico. Uma noite sem inspiração.

Gedson 5

Surgiu como apoio a Seferovic. Elemento mais próximo do suíço, o jovem médio não soube ser eficiente nas transições, pese a velocidade para tentar sair a jogar. Quando tentou ganhar espaços no corredor, o efeito foi o mesmo.

João Félix 6

Encostado ao flanco esquerdo, foi a seta do Benfica na tentativa de sair em contragolpe. Exibiu técnica e vontade de empurrar as águias, mas não teve arte para criar espaços, servir e atirar à baliza, exceção feita a uma jogada a abrir a segunda parte.

Seferovic 5

No regresso à antiga casa, batalhou sempre que solicitado, procurou impor o físico e descair para os corredores, mas o esforço foi insuficiente para atingir a meta pretendida. Aos 52", e só com o guarda-redes pela frente, tentou colocar a bola de cabeça no fundo das malhas de Trapp, mas o melhor que conseguiu foi um passe para o "keeper" alemão.

Pizzi 4

Entrou em ação depois de a equipa ter sofrido o segundo golo. Não trouxe maior esclarecimento ao miolo do terreno.

Salvio 5

De regresso mais de dois meses depois, teve no pé direito o golo que daria a meia-final. Atirou ao poste aos 85".

Jonas 4

Não descobriu espaços para faturar.

A FIGURA

Samaris: 6

Com ímpeto e alma a lutar por outro desfecho

Numa altura em que ainda não acertou a renovação do vínculo contratual com os encarnados, Samaris continua a destacar-se no meio-campo do Benfica. Ontem, com poucos elementos ao mesmo nível, deu alma ao sector intermediário. Bem a posicionar-se e a ler os espaços, soube impor o físico quando necessário, evidenciando discernimento para empurrar as águias para a frente. Tentou ser eficiente nas transições e aos 52" teve um sublime passe para Seferovic - tentativa de assistência à qual faltou a melhor finalização do internacional suíço. Acabou por não terminar o jogo, pois foi substituído.