Internacional

FIFA irradia antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol

José Maria Marin foi irradiado por envolvimento num caso de corrupção.

José Maria Marin foi irradiado por envolvimento num caso de corrupção.

A FIFA irradiou do futebol José Maria Marin, antigo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por envolvimento num caso de corrupção que ficou conhecido como Fifagate, anunciou, esta segunda-feira, o organismo regulador da modalidade.

O Comité de Ética da FIFA considerou que Marin, de 86 anos, violou o artigo 27 do código de ética, relativo a subornos, tendo decidido proibir o antigo presidente da CBF de exercer qualquer atividade relacionada com o futebol e impondo-lhe o pagamento de uma multa de um milhão de francos suíços (cerca de 881.000 euros).

José Maria Marin, que liderou o comité organizador do Mundial'2014, cuja fase final se realizou no Brasil, foi condenado em agosto de 2018 a quatro anos de prisão pela justiça norte-americana.

Aos 86 anos, Marin tornou-se o primeiro grande líder federativo a cumprir pena no âmbito do caso, depois de ter sido condenado já em dezembro do ano passado por seis crimes de corrupção, fraude bancária e branqueamento de capitais.

Segundo o tribunal, Marin e o seu vice, Marco Polo del Nero, receberam perto de 6,5 milhões de dólares (cerca de 5,75 milhões de euros) em subornos por parte de várias empresas de marketing e transmissão de vários torneios sul-americanos.

O caso Fifagate foi desencadeado por uma investigação do FBI e de autoridades fiscais norte-americanas, que investigavam a FIFA desde 2010, após o anúncio da entrega do Mundial'2022 ao Catar.

A investigação levou à detenção, em maio de 2015, de Marin e de outros dirigentes durante o congresso da FIFA em Zurique, levando à demissão do então presidente do organismo de cúpula do futebol mundial, o suíço Joseph Blatter.

Redação