Campeão do Mundo pela Argentina foi suspenso por dois anos em 2023 após testar positivo a uma substância proibida, que ingeriu de forma acidental, enquanto tomava um xarope para a tosse
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Suspenso por dois anos em 2023 após ter testado positivo num controlo antidoping em novembro de 2022, antes de conquistar o Mundial ao serviço da Argentina, Alejandro “Papu” Gómez revelou esta terça-feira como recebeu a notícia, no Catar.
Em direto para o podcast “Clank”, o extremo de 36 anos, que deixou o Monza na sequência desse castigo, explicou que, numa fase inicial, escondeu esse resultado positivo da seleção “albiceleste”, de forma a não desviar as suas atenções da final do torneio, em que venceu França.
“Dois dias antes da final, chega por email que deu positivo. Chegar uma notícia assim na final do Mundial é horrível, fiquei doente nesses dois dias. Passei muito mal, com febre, seguramente que as minhas defesas baixaram. Não quis dizer nada a ninguém porque não queria que as pessoas estivessem noutro lado que não fosse a jogar a final do Mundo. Parecia-me muito egoísta da minha parte contar algo tão feio aos rapazes que iam jogar uma final do Mundial”, contou.
Cada vez mais perto do regresso aos relvados, Gómez foi visto a treinar com uma equipa da quinta divisão espanhola e outra do terceiro escalão italiano, tendo admitido que, nestes últimos meses, sente-se um futebolista “amador” e não um campeão do Mundo.
“Estou a voltar a começar, a ser um amador, um rapaz que se quer estrear na primeira divisão. Tenho de aceitar que a personagem talvez esteja a chegar ao seu fim, agora sou uma pessoa comum. Estamos a trabalhar em apagar o ego e de subsistir não com o ‘Papu’, mas com o Alejandro e também em que ninguém te chame depois de seres campeão do Mundo”, concluiu.
Suspenso depois de ter testado positivo para terbutalina num controlo antidoping em novembro de 2022, quando representava o Sevilha, o extremo alegou que tomou essa substância de forma "acidental”, através de um xarope para a tosse.