Villas-Boas arrasa gestão da formação: "Não jogam se não assinarem por determinados agentes"

Despertar do universo portista: "Só agora em que o universo portista, de repente, começa a descobrir determinadas coisas. Sim, o FC Porto tem 500 milhões de passivo. Sim, a nossa situação financeira é débil. Sim, na formação já não ganhámos há não sei quanto tempo. Sim, estamos reféns de interesses alheios. Toda esta conversa só teve lugar agora porque ela não existia."

Peso dos agentes nos escalões de formação: "O que é que se passa na formação? Várias coisas. Jogadores que são obrigados a assinar por determinados agentes. Jogadores que, se não assinam por esses agentes, não jogam. Jogadores ostracizados por não assinar por esses agentes.  Estão totalmente fora e há perda o valor absoluto. Falta de infraestruturas. Falta de planeamento rigor e de uma metodologia de formação."

Recuperar e potenciar funcionários que trabalham no clube: "Entramos em pessoas que atualmente estão a trabalhar enquanto diretoras deste campo, coordenadoras deste processo de formação. Ou pessoas que estão nas estruturas. Nós também queremos potenciar as pessoas de outra forma. Também nos dá a entender que há muita estrutura do FC Porto, a nível comercial, a nível operativo, logístico, formativo, com valor, mas impedidas de se maximizar em qualidade por conta de estarem reféns de um modo de estar da sua Direção, de privilégios que têm de ser dados a determinadas pessoas. Isso passa-se na formação.
Basta meter um microfone à frente de determinados pais da formação. Isto é verdade."

Análises forense: "Há determinados agentes que detêm neste momento mandatos exclusivos dos jogadores da formação para futuras vendas. Estão imediatamente vinculados com determinados agentes. E é por isso que no caso das nossas análises forense, uma é sobre a bilhética e a outra é sobre as transferências da equipa B. É imediato. Não é possível haver tanta perda de valor relativamente às transferências dos jogadores. Isto é factual e tornou-se evidente.