Arsenal enviou espiões a Lisboa para verem o sueco com o Athletic Bilbau. Adeptos ingleses estão divididos quanto ao jogador
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Viktor Gyokeres é a prioridade do Arsenal para reforçar o ataque neste defeso. Na última época, nem Gabriel Jesus nem Kai Havertz conseguiram satisfazer a cem por cento na posição nove, pelo que o treinador Mikel Arteta pretende um avançado que dê mais rendimento no lugar. Um verdadeiro homem-golo, algo que encaixa que nem uma luva no perfil do sueco que representa o Sporting.
Entre os adeptos do Arsenal contactados por O JOGO, há quem tema que o sueco seja um “fenómeno de uma época só”. E o preço também é encarado como um possível obstáculo de monta.
Os “gunners”, aliás, enviaram elementos do departamento de prospeção a Lisboa no último sábado, com o objetivo de ver em ação o ponta-de-lança leonino no duelo frente ao Athletic de Bilbau - uma informação avançada na segunda-feira pelo site inglês “HITC”.
Gyokeres não marcou, mas apesar da operação e da paragem a que esteve sujeito no defeso apresentou-se já em forma bem razoável, oferecendo um dos golos (o de Pote) no 3-0 favorável aos verdes e brancos. E os ingleses devem ter gostado do que viram: um ponta-de-lança de bom perfil físico, com visão de jogo apreciável e sentido de baliza. Desta feita não tiraram as dúvidas quanto ao acerto na finalização, mas isso já eles viram na última época. Em suma, o homem ideal para encaixar no sistema de Arteta.
O Arsenal já contratou o central Calafiori e, além de um ponta-de-lança, também pretende um “camisola oito”. O espanhol Mikel Merino é alvo para o lugar
O Atlético de Madrid tem também Gyokeres na lista de opções e, como ontem avançava a Imprensa inglesa, Chelsea, Liverpool e Tottenham são outros emblemas que estão na jogada. Aparente obstáculo é a cláusula estabelecida pelos leões, de 100 milhões de euros, se bem que os ingleses acreditam que podem fechar o negócio por uma verba na ordem dos 70 M€.
Adeptos divididos quanto à hipótese de contratação
Quanto aos adeptos, nem todos parecem entusiasmados. Em declarações a O JOGO, Ricardo Pires, coordenador da associação “Arsenal Portugal”, é um deles. “Não seria a minha primeira opção, porque receio que o Gyokeres seja um ‘one season wonder’ [fenómeno de uma época só]. Fez uma época de sonho, mas se calhar não faz outra igual”, comenta, explicando que jogar na liga inglesa não é o mesmo do que na portuguesa. “Uma coisa é defrontar o Estrela, o Farense ou o Vizela, com todo o respeito. São adversários que defrontam o Sporting com armas muito desiguais. Outra é jogar na Premier League. Quando a competitividade aumentar, não sei se vai conseguir responder da mesma forma”, diz, abordando depois o ‘feed-back’ que tem tido deste assunto na comunidade “gunner”. “As opiniões não são unânimes. Penso que é 50/50. Metade das pessoas pensam como eu, que é um risco grande depender dele para o ataque. A outra metade acha que ele cairia como uma luva.”
Aliás, outros adeptos contactados por O JOGO deram razão a este comentário de Ricardo. “Vi-o contra o FC Porto no Dragão. Vi um jogador rápido, potente, que corre de forma inteligente e tem faro pelo golo. É o tipo de jogador que pode entusiasmar os adeptos”, declara Josh Sokolow, de 41 anos, Produtor de Conteúdos Web.
Opinião contrária tem Alexander Sztranyovszky, professor de 45 anos. “Pagar 100 milhões de euros por um jogador mediano que poderíamos ter comprado por 20 milhões há um ano é uma loucura”.
Osimhen passado para trás
O “Corriere dello Sport” veiculou na segunda-feira a ideia que o nigeriano Victor Osimhen, do Nápoles, é também uma possibilidade a ter em conta para a linha ofensiva dos gunners, mas lembra que Gyokeres é neste momento o foco do clube detido pela Kroenke Sports Entertainment, uma empresa dos Estados Unidos liderada por três irmãos da família Kroenke. Outros avançados que têm sido associados a um interesse dos gunners são o esloveno Benjamin Sesko, que já renovou com o RB Leipzig, assim como Ivan Toney, do Brentford.