Declarações do treinador do Fulham esta segunda-feira, na gala O Gaiense, no Hotel Hilton, em Gaia
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A que se deve a boa época do Fulham? “Qualidade. Qualidade dos jogadores, naturalmente. Por muito bem que possamos fazer o nosso trabalho, se não tivermos qualidade à nossa volta é muito complicado. Quantos mais anos estamos num clube, naturalmente, com alguma estabilidade, é normal que o processo esteja adquirido, e mesmo com algumas mudanças, um clube que tem de vender, temos conseguido construir a equipa e conseguir apresentar uma dinâmica.”
Perspetivas: “Nós, desde o princípio da época, que definimos que queríamos ficar na parte de cima da tabela. Depois, muito qualidade, é muito difícil ganhar jogos àquele nível. Nós queremos ficar na primeira metade da tabela, e se pudermos lutar por algo mais iremos fazê-lo. Estamos também nos quartos de final da Taça, o que é importante para nós, e tudo pode acontecer.”
Chegar à Liga dos Campeões? “Acima de tudo temos de ser realistas. É óbvio que nós percebemos que há alguns clubes de dimensão que não estão ao nível que normalmente estão e que deveriam estar. Naturalmente, abre algumas portas de oportunidade para alguns clubes. Há clubes que estão a fazer em grandes temporadas também, como o Nottingham, portanto, nós temos de fazer o nosso trabalho e ganhar jogos.”
Outros treinadores portugueses na Premier League: “Diferentes situações. O Nuno já está há muito tempo no futebol inglês. Chegou no ano passado, no momento em que o Nottingham não estava a ter bons resultados e conseguiu o primeiro objetivo da equipa. Este ano está a fazer uma época brilhante, uma equipa muito competitiva, como é normal nas equipas do Nuno. O Vítor conseguiu ter um impacto mal chegou também. E o Rúben está num clube diferente, num clube de uma dimensão diferente também. Está a começar a ver-se alguma coisa do processo que ele quer e, naturalmente, será jogo a jogo. Todos sabemos que é uma competição muito diferente, cada desafio que vamos enfrentar requer uma preparação muito grande. Todos a fazerem o melhor que podem e a representar bem o futebol português.”
Quebra de algumas equipas, como Manchester City e Manchester United. Em Portugal, mesmo os três grandes estão com dificuldades: “Difícil ter uma explicação. Há uma alteração aqui no modelo competitivo das competições europeias, que fez com que o número de jogos aumentasse um pouco, é a única diferença. Acabou por não haver uma pausa que normalmente há após o mês de dezembro. Não existiu este ano. É a única diferença, o maior número de jogos. Depois não há algo que se possa realmente dizer que é por isto ou por aquilo. Naturalmente, eu acredito muito mais que seja que essas equipas não estão ao nível que costumam estar e depois há uma competitividade muito grande. Todas as equipas de Inglaterra, além de serem muito bem orientadas, têm jogadores de qualidade e podem vencer qualquer jogo."
Campeonato português, aposta em alguma equipa para ser campeã? “Não, é quase impossível. Parece-me que há duas equipas que estão a lutar e vão lutar até ao final do campeonato."
Foi abordado para render Rúben Amorim no Sporting? "Isso nem é conversa."
Pensa voltar um dia a Portugal? "Naturalmente, é o meu país e é sempre um orgulho estar em Portugal, é onde está a minha família, é onde realmente eu gosto de estar e eu amo o meu país, sem margem para dúvidas. Há 10 anos atrás tomei uma decisão de ir para o estrangeiro, felizmente já estou há muitos anos num local onde quero muito estar, mas nós não sabemos o que irá acontecer no futuro. É impossível prever o que irá acontecer no futuro, mas neste momento estou muito satisfeito por estar, na minha opinião, na melhor e na mais competitiva liga do mundo.”