Antigo médio do Famalicão e Rio Ave está referenciado pelo Braga, tal como Afonso Sousa. Motivou sondagem, mas será o debate de ideias entre SAD e Carlos Vicens a definir prioridades
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Guga Rodrigues, médio português, de 27 anos, com experiência de época e meia na China, no Beijing Guoan, lida, nesta altura, com diversos convites para deixar a Ásia, equacionando um regresso a Portugal, porque não ficou indiferente a uma sondagem do Braga, entendendo que pode robustecer as suas ambições e reencontrar um nível competitivo mais ao encontro das suas condições. O jogador até reconheceu, numa recente entrevista, que deu primazia ao fôlego financeiro quando rumou à China, desanimado pela espera de uma chamada dos grandes de Portugal, vendo agora no Braga a hipótese de discutir o título nacional.
Ao serviço do Beijing Guoan, para onde partiu após deixar o Rio Ave, tendo sido treinado por Ricardo Soares, o médio marcou sete golos em 41 jogos, fazendo igual número de assistências. Famalicão e Rio Ave foram os clubes que deram exposição ao talento do box-to-box algarvio, formado no Benfica, sinalizado diversas vezes como objetivo de clubes maiores, embora nunca tenha visto qualquer continuidade nessa procura. Com valorização cifrada em três milhões de euros no Transfermarkt quando abandonou Portugal a troco de uma aposta do clube de Pequim, Guga perdeu uma ligeira cotação, pelo que uma negociação estará à mercê do Braga, que precisará, sobretudo, de convencer o atleta financeiramente a fazer parte do seu ambicioso projeto desportivo.
Sabe O JOGO que o médio está disponível em reduzir o seu salário por um regresso a casa, até porque um filho com menos de um ano de idade justifica preocupações e redobrada atenção familiar. Este é um contexto que também já terá captado a atenção dos minhotos, que têm Guga entre outros atletas referenciados para o meio-campo, caso de Afonso Sousa, que foi campeão na Polónia pelo Lech Poznan. Os próximos dias e, mais do que tudo, a partilha de informações entre estrutura e equipa técnica de Carlos Vicens ditarão as investidas prioritárias, também em função do saldo de lucros com potenciais vendas e saídas.
Racic, que esteve emprestado pelo Sassuolo, pode não caber nos planos, tendo em conta o esforço financeiro necessário para ficar, em definitivo, na Pedreira. Essa situação desencadeará de um reforço inequívoco do miolo, um setor no qual Carlos Carvalhal se confrontou na última época com diversas dores de cabeça, também em função de lesões que atingiram de forma algo morosa Moutinho, Zalazar e Vítor Carvalho. O jovem Diego apareceu, Gorby também foi brindado com mais oportunidades, mas o Braga de Vicens pode necessitar de dois médios novos com valências de todo o terreno. Guga oferece esse sacrifício e desenvoltura com bola.