Nuno Lobo recorda Cissokho: "Agora, vemos camionetas de jogadores a chegar ao FC Porto B"
Declarações de Nuno Lobo na apresentação de parte da equipa e programa da candidatura às eleições do FC Porto, agendadas para 27 de abril
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Fantasia de pacificação: "Não acreditamos nesta fantasia da pacificação do futebol por tudo o que se tem visto. As arbitragens lesam o FC Porto, jogo após jogo. Os outros candidatos têm a comunicação social do lado deles e não denunciam isto."
O tom da campanha: "Estamos aqui porque queremos agregar as pessoas. Temos assistido a coisas que nos entristecem, estas trocas de palavras, chegamos ao cúmulo de ouvir dizer que tem 46 anos e consegue estar de pé, outro a mandar ir para as corridas... Não quero entrar nisso."
Propostas de 2020: "Em 2020 apresentámos 250 propostas e em 2024 aumentamos para 300. Falámos em 2020 das contas como falamos agora, falámos da perda de ecletismo, fomos os primeiros a falar do voleibol masculino. Fomos os primeiros a apresentar o futsal, os outros candidatos falam agora disso. Em 2020 tínhamos o passivo superior a 420 M€, o primeiro subscritor da lista de Pinto da Costa e hoje candidato esqueceu-se disso. Denunciámos a academia fantoche em Matosinhos, que não deu em nada. Nada do que denunciámos em 2020 foi resolvido até 2024."
Os prémios, a Champions e Cissokho: "Pinto da Costa disse que ia cortar com os prémios absurdos da administração, mesmo em anos sem vitórias. Quem falou disso primeiro? O FC Porto depende muito da entrada na Champions e tem sido uma marca de sucesso entrar sempre na competição. Quando o clube falha, é um 'ai Jesus'. Não queremos estar continuamente a depender destes valores de entrada na Champions. Temos de ser cirúrgicos no scouting, dou o exemplo do Cissokho. Agora vemos camionetas de jogadores a chegar à equipa B e a maioria não passa pela A. O FC Porto é, foi e será sempre um clube vendedor. Compete-nos valorizar os jogadores."
Vender para pagar juros: "Todos os anos temos de vender um jogador só para pagar os juros. Junto dos credores, temos de conseguir taxas de juro mais acessíveis. Temos de tentar reestruturar e renegociar a dívida. Contas sólidas trazem credibilidade junto da banca. Algumas das nossas pérolas serviram para pagar dívidas e buracos, não para render ao clube. Vejam-se os casos de Fábio Vieira e Luis Díaz."
Cláusulas de rescisão e sócios correspondentes: "Temos vários casos em que o clube rival põe cláusulas astronómicas num jogador banal. Todos os anos temos jogadores a sair a custo zero, isto tem de acabar, assim como ir buscar jogadores que bateram a porta. O patamar de 300 mil sócios não é impossível. Temos mais títulos internacionais do que todos os outros portugueses juntos. E queremos acabar com a categoria de sócio correspondente. Quem vive mais longe tem de ter os mesmos direitos de quem tem a sorte de viver no Porto. Também vamos propor a limitação de mandatos na presidência do FC Porto.
Independentemente do resultado, tenho a certeza que esta equipa vai continuar. Se em 2028 o FC Porto precisar de nós, cá estaremos."