Central português tem sido totalista na Bundesliga, com vitórias sobre o Kiel e Dortmund nas últimas duas jornadas
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Diogo Leite admitiu há dias estar a viver “o melhor início de época” da sua carreira até agora, tendo sido totalista nas sete partidas que o Union Berlim leva na Bundesliga, incluindo vitórias seguidas diante do Borussia Dortmund (2-1) e no domingo, frente ao Kiel (2-0).
Em declarações ao canal de Youtube do clube alemão, o central português, de 25 anos, começou por referir que se sente “a evoluir a cada dia que passa”, elogiando ainda a “grande ligação” que tem os seus colegas de equipa no setor defensivo.
“Acho que tem a ver com a grande ligação que há entre nós. Falamos muito uns com os outros. Somos a segunda equipa com menos golos sofridos na Bundesliga, o que é importante para todos os defesas - dá-nos mais confiança, faz-nos sentir mais fortes - e também para a equipa, porque sabemos que os nossos avançados e médios se sentem confortáveis sabendo que estamos atrás deles. Isso também lhes dá confiança para ir para a frente, marcar e criar oportunidades, e acho que foi por isso que tivemos um grande início. Tem sido importante para nós, depois da época nada fácil que tivemos no ano passado, e não queremos relaxar, queremos continuar”, vincou o defesa do atual quinto classificado da Liga alemã, a três pontos dos líderes Leipzig e Bayern (17).
“Sinto-me a evoluir a cada dia que passa, muito melhor que na época passada e ainda mais que há dois anos. Acho que posso dizer que foi o melhor início de época que tive na minha carreira e isso faz-me sentir confiante e confortável para subir no terreno de jogo e tentar marcar. Marcar o meu primeiro golo na Bundesliga ao serviço do Union é um dos meus objetivos, que aguardo com expetativa. Tive algumas oportunidades contra o Leipzig e sinto que está cada vez mais perto”, assumiu.
Questionado sobre semelhanças em campo com Pepe, com quem coincidiu no FC Porto, antes de ter rumado à capital da Alemanha em 2022, já depois de um empréstimo ao Braga, Leite apontou que o antigo internacional português foi o responsável por se “fazer respeitar” em campo.
“Normalmente dizemos que, enquanto centrais, temos de nos fazer respeitar. Temos de nos atrever a defender a nossa equipa, temos de ser agressivos dentro do campo. Fora dele sou uma pessoa amigável. Foi com o Pepe que aprendi a fazer essa mudança de forma natural, porque em campo temos de mostrar que somos corajosos e que damos o máximo pela nossa equipa, e os nossos colegas vão sentir isso. Todos queremos vencer, é para isso que jogamos futebol, por isso para mim não é difícil, já faz parte de mim, odeio perder até nos treinos”, referiu.
A concluir, o defesa descartou fixar objetivos para o final da época, adiantando apenas que, no seio do Union Berlim, tem havido conversas sobre o assunto, mas mais num âmbito de crescimento sustentado enquanto clube.
“Tivemos algumas reuniões de equipa e falámos não sobre os pontos, mas sobre o que podemos fazer em campo e fora dele, que nos pode levar a um nível elevado e a crescer cada vez mais. Esse é o nosso grande objetivo, e se colocarmos isso em prática todos os dias, penso que podemos estar mais perto de ganhar os jogos. Desde o início que temos estado muito bem, mas já sabemos que ainda há muito para jogar, mas estamos num bom caminho e queremos continuar assim”, reforçou.