Sá Pinto regressa ao Irão: "É uma missão. Uma missão difícil, muito além de apenas treinar uma equipa"
Três anos depois da primeira passagem pelo clube de Teerão, o técnico português regressa com uma convicção renovada: ajudar o Esteghlal voltar aos títulos
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Ricardo Sá Pinto foi oficialmente apresentado como treinador do Esteghlal, numa cerimónia que contou com forte presença de meios de comunicação social iranianos. Três anos depois da primeira passagem pelo clube de Teerão, o técnico português regressa com uma convicção renovada: ajudar o gigante asiático a voltar aos títulos — mas também a dar o seu contributo num momento particularmente sensível para o país.
“É com grande alegria que regresso ao belo país que é o Irão”, começou por dizer. “Volto a uma das casas que tive no mundo do futebol — e a verdade é que tive poucas casas como o Esteghlal. Esperei três anos por esta oportunidade. Foi um caminho difícil, e voltar aqui não foi nada fácil.”
Sá Pinto fez questão de agradecer o apoio da estrutura diretiva na concretização do acordo, com destaque para Tajernia e Nazari, e não esqueceu o papel dos adeptos: “Sempre foram leais comigo e com o clube. Não só comigo, mas também com todos os jogadores que fizeram parte da equipa durante a minha anterior passagem. O apoio deles é verdadeiramente inacreditável.”
Mas o treinador português não esconde que este regresso assume contornos especiais, motivados também pelo contexto que o país atravessa: “Mesmo sabendo que vivemos tempos difíceis, acredito que a paz vai regressar e a vida normal vai voltar ao povo iraniano — um povo que merece tranquilidade e estabilidade. Este regresso não é apenas um simples retorno. É uma missão. Uma missão difícil, muito além de apenas treinar uma equipa. Tinha um sonho inacabado. E agora, volto para o concluir.”
Consciente das exigências que se avizinham, Sá Pinto reconhece que há muito trabalho pela frente, mas confia na união do grupo: “O caminho será duro. Podemos dizer que temos uma verdadeira batalha pela frente. Precisamos de reforçar a equipa, mas aquilo que já temos — e é o mais importante — é união.”
Em tom de apelo, o técnico encerrou com uma mensagem direta aos adeptos: “Peço a todos que estejam ao lado da equipa, que apoiem os jogadores, e que estejamos todos unidos. Se isso acontecer, conseguiremos vencer todos os adversários e conquistar todos os títulos. Esta é a minha missão. Vim para vencer.”