Michail Antonio recorda acidente: "Percebi o quão perto estava de morrer"
Internacional jamaicano concede primeira entrevista após o ocorrido
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Michail Antonio, em entrevista à BBC, recordou esta segunda-feira o acidente automobilístico grave que teve há cerca de três meses, no qual partiu uma perna, recebendo alta hospitalar cerca de três semanas depois do sinistro.
“A polícia veio e quando me encontraram, eu estava entre os dois assentos. Eu não estava realmente no banco do condutor. Eles disseram que parecia que eu estava a tentar sair pela janela, mas como minha perna estava partida, a dor provavelmente impediu-me de sair", começou por contar o internacional jamaicano do West Ham.
O episódio ocorreu quando Antonio regressava a casa no seu Ferrari depois de um treino. Curiosamente, o avançado disse que, antes do ocorrido, estava a pensar vender o veículo, que tinha apenas há três semanas, pois não se sentia seguro a conduzi-lo.
O jamaicano afirma ainda que não tem recordações do acidente: “É estranho, porque durante todo o processo disseram-me que eu estava acordado e estava a falar com todos.”
Recentemente, o avançado do West Ham foi ver o estado do carro: “Deu-me uma sensação estranha no estômago. Fez-me perceber o quão perto eu estava de morrer. Eu tinha visto as fotos, mas era 10 vezes pior pessoalmente. Foi difícil para mim.”
Depois do acidente, houve rumores que o jogador podia estar alcoolizado ou sob o efeito de drogas, mas Michail Antonio negou as acusações: “Eu estava a voltar do treino. Nunca usei drogas na minha vida. Eu gosto de uma bebida ocasionalmente, mas nesta situação não havia drogas, não havia bebida. Isso foi descartado e confirmado pela polícia.”
“Vou jogar novamente. É nisso que estou focado e estou a trabalhar seis dias por semana para isso. Sempre fui positivo com esta situação. É um acidente horrível e é uma lesão grave. É a maior lesão que já tive na minha carreira, mas o facto de eu já estar dois a três meses à frente de onde deveria estar, sei que vou jogar novamente, e sei que assim que estiver a jogar, vou recuperar o meu futebol”, garante o atleta.
Antonio afirma que, apesar de ser fã de carros desportivos, se quer manter longe deles: “Agora eu tenho um Mercedes e o meu irmão é o meu condutor. Por enquanto, de qualquer maneira, estou a ficar longe de carros desportivos. O único problema que tenho com isto agora é que sempre que estou ao volante preocupo-me que, mesmo que algo pequeno aconteça, vai ser como: 'O Michail sofreu um acidente de novo', e esse tipo de negatividade entra na minha mente e dá-me um pouco de nervosismo."
O avançado é pai de seis filhos e afirma que a parte mais difícil é que quase não estava lá para eles: “Durante este tempo todo, mantivemos isto longe das crianças. O meu filho mais velho viu. Ele tem 13 anos e, obviamente, as pessoas estavam a mostrar fotos do carro, mas os mais jovens nunca souberam realmente o quão grave era a situação. Nós evitamos deixá-los entrar na Internet.”
Ainda não há previsão para o retorno do jogador de 34 anos, mas a recuperação está a ser mais rápida do que se esperava.