Declarações de Martín Anselmi em conferência de imprensa de antevisão ao Arouca-FC Porto, jogo marcado para sábado (18h00) e relativo à 24.ª jornada da I Liga
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O FC Porto em sete jogos tem oito golos sofridos. Consistência defensiva é a sua maior preocupação? “Não é a minha maior, essa é fazer golos, mas fico muito feliz com a baliza a zeros. Para uma equipa ser campeã, tem de sofrer poucos golos, porque no final pode ganhar todos os jogos 1-0, mas para isso é também é preciso o zero, então, é muito importante trabalhar para que o FC Porto sofra menos golos. Não é o que mais me preocupa, mas ocupa-me e trabalhamos nisso”.
Como é que um treinador avança de um jogo com um erro que custa uma vitória? Como analisa o tardar da revolução anímica: “Temos de aprender a resolver os jogos. Para mim, temos de aprender e, por exemplo no nosso primeiro jogo na Sérvia, [frente ao Maccabi Telavive] passámos por uma situação de 1-0 e acabámos a ganhar, mas não soubemos resolver o jogo, porque eles tiveram situações e tivemos alguma sorte, não gosto de terminar os jogos assim. Com o Farense menos e também acabámos a ganhar, mas não é assim que gosto de acabar os jogos. Parece que fazemos tudo bem e, se tivéssemos feito, ganharíamos todos os jogos. Temos muitas coisas para melhorar, mas na análise que eu faço, não há o básico do sistema, há mais coisas de saltos, recuperações, espaços... Para mim, nessa parte, há que entender como defender com bola. Nos três jogos que falei e neste que passou, temos de apender a controlar o jogo com a bola, para podermos gerar e aumentar as vantagens e acabarmos melhor os jogos. Se tivermos nos a bola e não o adversário, não vamos perder. Defender com bola é controlar com ela, num canto temos de a ganhar nós, até porque temos mais gente na área, temos de ficar com ela para encerrarmos os jogos como queremos. Porque no final das contas, sem bola, o adversário não vai empatar o jogo. Cinco ou seis minutos antes do golo do Vitória, houve uma falta no mesmo lugar. E saímos a jogar curto, ficámos com a bola. Defender com bola é cuidar dela. Num cruzamento, dividir a bola... Até poderíamos ser nós, porque estávamos em superioridade numérica, mas estávamos a ganhar o jogo. Era preciso ficar com a bola. E há que aprender nesse sentido, para conseguirmos fechar os jogos como gostamos."