A pressão de ganhar e as fontes de informação, a importância da defesa e os penáltis de Galeno. Tudo o que disse Martín Anselmi
Acompanhe a conferência de imprensa de Martín Anselmi e Diogo Costa na véspera do decisivo Maccabi Telavive-FC Porto, da Liga Europa
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O que disse Martín Anselmi:
Que balneário encontrou nestes dias? "Encontrei um grupo com muita vontade de aprender, muito predisposto e com muita garra para trabalhar. Os dias que vivemos juntos não foram muitos, mas foram intensos. Tivemos um dia de recuperação e compensação para os que não jogaram. Passámos alguns conceitos para o plano de jogo, focando-nos mais na parte defensiva. É pouco tempo para preparar um jogo, mas temos pela frente o objetivo de ser uma equipa competitiva, que procure o resultado, que tente tratar bem a bola, recuperar rápido e pensar nos três pontos."
Anselmi e a pressão: "Temos três anos como equipa técnica e seis finais. No primeiro torneio na Liga mexicana, chegámos à final, e na Liga equatoriana também. Conquistámos quatro títulos no Independiente. Não sei de onde vem essa crítica. Gerar pressão é defender as cores do FC Porto, do Cruz Azul, e jogar uma final no Maracanã... Se calhar, é preciso mudar a fonte de informação."
Sobre William Gomes: "Estamos focados no jogo de amanhã. Depois falamos sobre jogadores novos."
Sobre Galeno: "É futebol... Tudo pode acontecer. Evidentemente, ninguém gosta de falhar um penálti ou um golo... Estamos expostos a isso. É futebol e somos profissionais. A partir daí, ao entender que temos de conviver com situações incómodas, temos de ficar confortáveis nessas situações. É um grande jogador, um grande rapaz. O que aconteceu, aconteceu. Temos de estar no presente. O que se passou, não podemos controlar."
Ofensivamente, jogadores com mais liberdade? "Creio que, globalmente, temos jogadores que representam e vestem a camisola do FC Porto. Depreende-se que são bons jogadores, e esses sabem jogar. A parte defensiva é mais controlável, porque depende muito da concentração, de estar preparado para saber o que faz o rival, de estar em jogo em cada ação e saber o que fazer, se é preciso marcar, sair na pressão, estarmos juntos... Depende mais de uma questão de ordem. A parte ofensiva, por outro lado, depende de como defende o rival. Nós, enquanto equipa técnica, gostamos muito da fase ofensiva, trabalhamos muito nela e demos várias soluções aos jogadores, em função do que o rival pode fazer. Temos jogadores capazes de atacar bem o adversário. Aos poucos, vamos conseguir incorporar a nossa filosofia e o nosso modelo. Confiamos que os jogadores estão totalmente capacitados para se impor perante a baliza adversária."
Poucos treinos. Mais trabalho de motivação? "Creio que, obviamente, nesse sentido, ao chegar a um clube, encontramos coisas novas e cabe ao treinador analisar a sua equipa nesse contexto. Começámos agora. Não tenho muito a dizer nesse sentido... Temos de ter um único objetivo, que é competir. Vestir as cores do FC Porto é uma motivação. Fazer bem as coisas e estar presente no campo é o mais importante. Isso convida-nos a ser melhores. O que procuramos é ser melhores do que ontem, todos os dias. Vários parâmetros visíveis dizem se estamos a ser melhores."
Sente que tem jogo preparado? Sentiu o grupo revoltado emocionalmente? "Sim, encontrei um grupo forte, que treina com muita intensidade, muito predisposto a trabalhar. Encontrei um grupo sério, que quer ser melhor. Estamos preparados para o jogo de amanhã, onde não nos pode faltar a intensidade, partilhar esforços, lutar por cada ação até ao fim."
O que disse Diogo Costa:
Dias com Martin Anselmi: "Faz pouco tempo que estamos com o mister, mas as primeiras impressões são muito boas. É uma pessoa que quer competir e valoriza o coletivo. Identificamo-nos muito com isso. Espero que ele nos ajude e que possamos trazer coisas muito bonitas."
Importância do guarda-redes no modelo de Anselmi: "Já recebi algumas informações do mÍster, mas essa é uma parte que fica mais para ele falar. Estou disponível para ajudar de qualquer maneira, até jogando como avançado, se ele quiser. O meu espírito é esse."
Momento mais delicado: "A palavra que temos de realçar entre nós é caráter. Precisamos de personalidade e caráter. A atitude tem de estar sempre presente e constante. Com a vinda do treinador, espero que possamos fazer coisas boas e começar com uma vitória."
Expectativas para o jogo: "As expectativas são vencer. Somos um clube combatente a nível mundial. Não há outra palavra que não seja vencer."
Ver já o dedo do treinador: "Da nossa parte, iremos respeitar tudo o que o mÍster pedir. Essa é uma pergunta para ele, não vou fazer o trabalho dele e falar da tática. Enquanto equipa, temos o espírito de trazer o melhor para o clube e contamos com a ajuda do nosso mÍster."
Sentimento de que tudo acontece: "Sim, temos um pouco essa frustração, mas o futebol é assim. Temos de estar habituados a esses acontecimentos. Temos de trabalhar e dar o nosso melhor em prol do nosso clube."
Pressão atendendo à conjuntura: "Não posso dizer que não exista, mas temos de estar preparados para lidar com ela. Resta-nos competir, e é isso que iremos fazer, com o pensamento na vitória de amanhã."