Diomande, o "exemplo perfeito" e Rúben Amorim: "Faz-nos progredir constantemente"

27 golos marcados e apenas dois sofridos em oito jogos no campeonato. Quais as chaves para este registo? "A nossa mentalidade. Em todos os jogos queremos manter a baliza a zero, falamos disso antes dos jogos e trabalhamos muito para estar mais concentrados. Temos esse compromisso e espero que continuemos assim. Se continuarmos também a marcar iremos atingir os nossos objetivos."

Treinar com alguns dos melhores atacantes em Portugal, como Gyokeres, Pote e Trincão, por exemplo, é uma das melhores formas de preparação para os defesas? "Temos excelentes jogadores na frente. Por exemplo, o Gyokeres é um atacante de classe mundial, muito intenso e é sempre um desafio para mim. Tê-lo à minha frente ou, agora, o Conrad [Harder] é sempre desafiante."

Forma de defender diferente este ano, mais subida: "Temos confiança nas nossas individualidades. Sabemos que com o [Gonçalo] Inácio, o [Eduardo] Quaresma ou o [Zeno] Debast, vamos ganhar os duelos, que vale a pena correr riscos. É uma das chaves para o nosso início de época também."

Sensação de jogar mais recorrente no eixo do trio de centrais: "Exige mais concentração, mas todos temos de estar sempre muito ativos nas movimentações e de fazer todas as coberturas. No ano passado já joguei algumas vezes no mesmo lugar e a concentração é mesmo muito importante."

Ocupa a posição que era de Coates. Mais responsabilidade? "Na época passada tínhamos o Seba [Coates] e o [Luís] Neto, jogadores que me ajudaram muito. Via-os a jogar, faziam a posição e aprendi muito nos treinos com eles, ao nível dos posicionamentos e dos duelos. O Seba é o exemplo perfeito para todos nós e sempre foi muito respeitado por todos os colegas. Era muito forte nas marcações e dizia que se estivéssemos concentrados íamos ser felizes. E também marcava golos. Agora coloco tudo isso em práctica e está a correr bem."

O que pode dar de difente à equipa? "O Seba [Coates] dava muito à equipa, muito mesmo. Eu penso que talvez possa dar outras coisas nas coberturas e na rapidez a tapar os espaços."

Centrais assumem a construção de jogo: "Sempre fui alguém que, como jogador, gosta de ter a bola e aqui temos um treinador que valoriza ter a bola desde trás e defesas, como o [Gonçalo] Inácio ou o Zeno [Debast], que também têm essa capacidade e, depois, o resto só depende da maneira como o adversário pressiona. Toda a nossa defesa tem muita qualidade, todos podem jogar em qualquer jogo e lutamos por um lugar a cada treino."

Ainda é muito jovem, em que espera evoluir? "Penso que melhorei nos duelos, na leitura de jogo e no controlo da profundidade. Espero continuar a melhorar, e marcar mais golos de cabeça também, que é importante."

Há uma evolução na forma como a equipa tem dominado os jogos esta época? "Sim, tentamos ter sempre mais bola que o adversário e recuperá-la o mais rápido possível quando não a temos. Ainda podemos melhorar, mas estamos bem neste início de época. Temos um modelo de jogo e ideias que vêm da época passada. Aprendemos muito com o Rúben Amorim, faz-nos progredir constantemente."