Declarações do treinador do FC Porto após a derrota (2-1) em casa do Moreirense, na quarta eliminatória da Taça de Portugal
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Equipa perdeu constância exibicional: "Entrámos bem, como disse, controlámos a primeira parte toda, colocámo-nos em vantagem e o Moreirense na única aproximação que tem, sem relativo perigo, faz o golo do empate. Na segunda parte, procurámos e tivemos um ou dois lances para poder estar na frente do marcador, não conseguimos. O Moreirense, num lance algo dúbio, acaba por marcar, fazendo de penálti.”
Faltou esclarecimento: “Sim, os jogadores não ficam imunes àquilo que é o momento atual da equipa. De facto, vir de duas derrotas também condiciona, a equipa depois apanha-se a perder, quer muito jogar com o coração e acaba por não tomar as melhores decisões. Tínhamos gente na área, é verdade, mas nem sempre procurámos bem os homens da frente. Tentámos, as decisões também não foram as melhores, pois é verdade que a partir do 2-1 não criámos praticamente nenhum lance de golo, fruto também de alguma intranquilidade que se via na equipa.”
Na linha da frente a ouvir contestação: “É um momento, as equipas têm ciclos, são três derrotas. Eu sou o principal responsável, como disse. Não fujo à responsabilidade, encaro as pessoas de frente, não fujo. Tenho a plena consciência daquilo que faço, dou tudo aquilo que posso dar, tomo melhores decisões, menos boas. Acho que todos os jogadores acabam por ter um bocadinho esse ónus. As coisas neste momento não estão bem, mas andar. Andamento, procurar já atacar amanhã, procurar atacar o jogo de quinta-feira. Este objetivo caiu, quinta-feira temos outro, temos de dar uma resposta rápida e marcar rapidamente uma posição forte.
Trabalhar o lado mental dos jogadores: “Eu acho que sim, acho que sim. Não adianta agora, eu percebo a angústia de quem tenta, de quem é profissional, de quem é sério. Como lhe disse, eles não são responsáveis, eu sou o responsável. Agora temos de fazer todo o exercício crítico, perceber onde é que podemos crescer, onde é que podemos melhorar, porque isto é uma casa muito exigente e tem que se ganhar."
Situação delicada: “Natural que a responsabilidade e o ónus caiam em cima do treinador. Sou a face visível, é a mim que têm que cobrar. Com força para seguir? Sim, sempre. De cara limpa, consciência tranquila, como disse, porque faço sempre o melhor.”