Palmeiras de Abel Ferreira denuncia "ataque terrorista" ao centro de treinos
Adeptos atacam centro de treinos do Palmeiras furiosos com direção e técnicos
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O centro de treinos do Palmeiras, clube de futebol brasileiro treinado pelo português Abel Ferreira, foi alvo de ataque com “bombas e petardos” na madrugada deste domingo, agravando a tensão entre os adeptos e a direção e equipa técnica.
“Vândalos atacaram cobardemente (…) colocando em risco a integridade física de jogadores e colaboradores" que se encontravam no local, nos arredores de São Paulo, concentrados para o jogo de hoje com o Ceará, para o campeonato.
A denúncia da formação paulista, nas redes sociais, é sustentada com dois vídeos de câmaras de segurança, nos quais se podem ver cinco pessoas, encapuçadas, a aproximar-se dos portões do empreendimento e a arremessar material pirotécnico, que entretanto explodiu.
O Palmeiras informou que não houve feridos resultantes do ataque e assegurou que o clube "não se intimidará perante atos violentos praticados por um grupo de criminosos e irá até ao fim para que os responsáveis enfrentem as consequências".
Nesse sentido, disponibilizou às autoridades policiais todas as imagens das câmaras de segurança para contribuir para a investigação e identificação dos prevaricadores.
"Não podemos tolerar, muito menos normalizar, que o futebol se transforme num ambiente cada vez mais tóxico, onde a paz esteja sob risco permanente", justifica o emblema canarinho.
O afastamento na Taça do Brasil, na quarta-feira, diante do Corinthians, o seu rival histórico, por um agregado de 3-0, veio agravar a tensão entre os adeptos e os responsáveis diretivos, liderados por Leila Pereira, e técnicos do Palmeiras.
Aos insultos, Abel Ferreira respondeu com aplausos, gesto que os adeptos terão interpretado como irónico, agravando o descontentamento.
Sexta-feira, em conferência de imprensa, Leila Pereira pediu “um pouco de paciência”, contudo os seguidores do Palmeiras responderam com cartazes repletos de insultos, colocados nos arredores do estádio Allianz Parque.
Leia o comunicado na íntegra:
"Durante a madrugada deste domingo (10), vândalos atacaram covardemente a Academia de Futebol do Palmeiras, colocando em risco a integridade física dos atletas e demais colaboradores do clube que estavam no local em regime de concentração para o jogo contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro. Por sorte, ninguém se feriu.
Bombas e petardos foram arremessados contra o centro de treinos do clube, num atentado terrorista com características similares àquele ocorrido em outubro de 2024, quando marginais já identificados pela polícia assassinaram um adepto do Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias.
O Palmeiras não se intimidará diante dos atos violentos praticados por um grupo de criminosos e irá até o fim para que os responsáveis sejam punidos com o rigor da lei. O clube já está em contato com a Polícia Civil e registará Boletim de Ocorrência – todas as imagens registadas pelas câmaras de monitoramento da Academia de Futebol serão disponibilizadas aos investigadores.
Não podemos tolerar, muito menos normalizar, que o futebol se transforme em um ambiente cada vez mais tóxico, em que a paz esteja sob risco permanentemente.
Neste sentido, o clube lamenta a conivência de diversos veículos de imprensa que, desde a véspera do último dérbi, têm dado publicidade – muitas vezes sem qualquer senso crítico – a ameaças feitas por indivíduos violentos que tentam impor-se pelo medo."