Campeão de Fórmula 1 em sete ocasiões vai trocar a Mercedes pela Ferrari em 2025, mas nem todos concordam com essa contratação por parte da marca italiana
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Mattia Binotto, que foi engenheiro, diretor técnico e chefe de equipa da Ferrari entre 1995 e 2022, antes de reforçar a Sauber, em julho deste ano, garantiu este domingo que, se ainda estivesse na marca italiana, não teria contratado Lewis Hamilton, que vai abandonar a Mercedes em 2025.
“Se a Ferrari ganha, fico feliz porque conheço a equipa e sei quanto esforço foi investido para levá-la até um certo nível. Se teria contratado Hamilton? Não. Não teria escolhido Lewis, teria optado por outros pilotos”, assumiu, em declarações ao jornal Corriere della Sera.
Na base dessa garantia está o facto de o engenheiro italiano acreditar que Charles Leclerc deve ser apoiado como a maior estrela da Ferrari, em vez de correr o risco de vir a ser ofuscado pelo piloto britânico, sete vezes campeão de Fórmula 1: “Se o talento é Leclerc, é ele que de alguma maneira deve ser acompanhado até à meta”, defendeu.
De resto, Binotto justificou a sua mudança para a Sauber e assumiu que a marca vai precisar de tempo antes de sequer pensar em lutar pelo título mundial de F1.
“Tendo a vontade de começar de novo, o único desafio atrativo para mim era a Audi, o mais ambicioso. Não teria feito sentido unir-me a uma equipa que já funciona. Aqui, posso construir, reviver parte do meu passado e por isso também é fascinante. As outras equipas demoraram anos a chegar ao topo. Demoram entre cinco e sete anos e esperamos poder lutar em 2030”, apontou.