Pinto da Costa: "O FC Porto estava na final da Taça e o Luís André numa exposição de carros"

Primeira palavra de um portista: "Os títulos que o FC Porto ganhou, milhares em todas as madalidades, são do FC Porto. Mas são da história do FC Porto, porque não os vamos voltar a ganhar. Nós ganhámos, estão no nosso museu, são da nossa história, são de todos os que são do FC Porto. Mas não me candidatei por causa desses títulos. Isso é passado. Candidatei-me pelos títulos que quero que o FC Porto ganhe e que tenho a certeza que o FC Porto vai ganhar. Se pensarem, eu, a 14 anos de chegar ao 100, depois de toda a minha carreira, que internacionalmente toda a gente reconhece, a minha posição mais cómoda era retirar-me. Posso informar-vos que, por finais de outubro, um dos mentores da candidatura do Luís André, deslocou-se à casa da minha filha, em Vale de Pisão, para tentar saber se me ia candidatar ou não, e que não o devia fazer, porque se não fizesse ia ter benesses, ia ser o presidente dos presidentes, ia ser o maior do mundo, só não punha uma estátua, porque eu não quero estátuas para os cães não irem lá fazer xixi... Mas ia ter tudo, era o maior. O Luís André apresentou a sua candidatura, quem era eu? O maior, era o presidente dos presidentes, era uma obra fantástica, esta isto e aquilo. Eu candidatei, está tudo mal, só fiz as asneiras, o clube está falido, não ganha nada, está tudo uma desgraça. É uma realidade que temos enfrentado, mas não nos podemos deixar atrofiar por isso, temos que ganhar. A primeira palavra que qualquer portista tem de ter na boca é ganhar." 

Marcar presença numa final da Taça de Portugal: "As pessoas que querem ir à final e que muitas vezes não acompanham por dificuldades, não é só por dificuldades monetárias, mas também pelo incómodo que é pelos transportes. Todos os portistas, todos os dragões, devem querer estar na final. Não quero que nenhum faça como fez o Luís André no ano passado, em que nós estávamos a disputar uma final da Taça de Portugal e ele estava numa exposição de carros antigos no Porto. O que quero é que todos queiram ir lá. Não cabem todos, mas quero que todos queiram ir lá. Que os que não forem, os que não puderem ir, sintam mágoa de não estar presentes naquela onda azul que costumamos levar ao Jamor. Isso é que é fundamental: é querer ganhar, querermos estar todos unidos e querermos todos acompanhar o nosso clube, seja onde for."