Tribunal rejeita saída de Madureira da cadeia para votar nas eleições do FC Porto
Está em prisão preventiva no âmbito da Operação Pretoriano
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Fernando Madureira, que liderava a claque Super Dragões na altura em que foi detido no âmbito da Operação Pretoriano, viu negado um pedido para sair da cadeia, devidamente escoltado por guardas prisionais, de modo a exercer o direito de voto nas eleições do FC Porto, agendadas para o próximo dia 27 de abril. A informação é do Jornal de Notícias.
O Tribunal de Instrução Criminal do Porto indeferiu o pedido, indo ao encontro das razões invocadas pelo Ministério Público, que defendia tratar-se de uma violação das medidas de coação e levantava questões de segurança.
Madureira encontra-se em prisão preventiva na cadeia anexa à PJ do Porto. Em 31 de janeiro, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube.
O Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo” na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, “do interesse da atual direção” azul e branca.
Estão em causa “crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação”, segundo a Procuradoria-Geral Distrital do Porto.
André Villas-Boas, Nuno Lobo e Pinto da Costa são os candidatos que se apresentam no ato eleitoral.