Ntoi, central grego de 22 anos, adaptou-se depressa ao futebol português, assumindo a titularidade desde a chegada, em janeiro. Aproveita a entrevista a O JOGO para se apresentar
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Emprestado pelo Olympiacos, Andreas Ntoi chegou em janeiro e rapidamente conquistou um lugar no onze, somando já dez jogos pelos vila-condenses.
Escolhe “força e velocidade” como predicados que o caracterizam. Começou no futebol de rua e afinou-se num clube pequeno antes de chegar ao gigante Olympiacos, trocando ringues por relvados.
A sua história no futebol começa como?
-No início, quando era muito pequenino, comecei nas ruas onde morava. Aos seis anos tive a oportunidade de ir jogar para um clube local, no qual consegui evoluir e chegar depois ao Olympiacos, já com 14. Há três anos, Michel escolheu-me e deu-me a oportunidade de jogar pela equipa principal do Olympiacos, e somei 70 jogos.
Experimentou outras modalidades, certo?
-Sim, experimentei o boxe. Algo bem diferente, não? Mas o futebol é a minha paixão.
Quando se deu a hipótese de jogar em Portugal, aconselhou-se com Costinha, seu companheiro no Olympiacos e antigo jogador do Rio Ave?
-Acabei por não ter oportunidade de falar com ele sobre o Rio Ave, mas confiei cegamente no projeto do clube e na ambição que tem. Conhecia o futebol português e as campanhas europeias recentes do Rio Ave. Penso que esta é uma boa oportunidade para me desenvolver como homem e como jogador. É um novo desafio. Sabia que o campeonato português era muito exigente, com jogadores de elevada qualidade.
Havendo tantas nacionalidades no plantel, como comunica?
-Em inglês, claro. Existem muitas nacionalidades, muitos idiomas, o português não é fácil de aprender rapidamente, mas temos conseguido ultrapassar facilmente essas barreiras.
O fato de ter outros gregos no plantel facilita?
-Bem, é óbvio que ajuda. Tem tornado tudo muito mais fácil para mim, são jogadores que já conhecia e com os quais tinha mesmo amizade.
Qual a realidade que encontrou no Rio Ave?
-Encontrei um bom clube. Não sinto que nos falte nada para trabalharmos bem. Gosto das instalações, da equipa técnica, do staff e do grupo de jogadores.
Chegou, viu e ganhou a titularidade. Como é que conseguiu tão rapidamente?
-Com trabalho. Tento que o meu foco no treino seja igual ao dos jogos. Creio que isso ajuda a que o míster me escolha para o onze.
Que características suas destacaria?
-Sou um jogador muito dinâmico, com uma boa combinação de força e velocidade, o que é importante para um central.
Até onde pensa chegar na carreira?
-Com trabalho duro tudo é possível; acredito que com isso estarei capaz de, no futuro, jogar por grandes clubes.
Espera voltar à seleção da Grécia?
-A seleção é muito importante para mim. Já tive o privilégio de jogar pela Grécia e espero voltar em breve. É uma seleção muito forte, com jogadores de qualidade.
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“Sou um jogador muito dinâmico, com uma boa combinação de força e velocidade”
Encantado com Vila do Conde e já fã de pastéis de nata
Andreas Ntoi nasceu e cresceu em Atenas, na Grécia, tendo também nacionalidade albanesa, por conta da ligação de familiares à cidade de Shkodra, na Albânia. Solteiro e sem filhos, o jogador vive na Póvoa de Varzim com a namorada, com quem adora passear nos tempos livre.
Os primeiros três meses em Portugal têm sido “excelentes”, considerando que Vila do Conde “é uma cidade muito bonita e calma”. “As pessoas são muito hospitaleiras e isso ajuda-nos imenso a estarmos confortáveis”, disse o grego, que já é “fã de pastéis de nata”.
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“Sabia que o campeonato português era muito exigente, com jogadores de elevada qualidade”